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Política

'A decisão de alongar o debate da previdência foi do Legislativo', diz Nicolau

Durante coletiva de imprensa concedida na manhã desta quarta-feira (13), o presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), falou sobre os acordos que estão sendo feitos com os sindicatos a respeito da Reforma da Previdência Estadual.

O parlamentar disse que a proposta está sendo discutida individualmente com cada categoria desde a semana passada. 

“As reuniões com os trabalhadores estão a todo vapor. Todo o debate acerca da reforma da Previdência está sendo feito com muita responsabilidade. Estamos colhendo as propostas dos trabalhadores e também apresentando emendas com o intuito de melhorar o texto original. Tenho certeza de que faremos os ajustes necessários para garantir os direitos dos servidores”, disse. 

O progressista ressaltou que a decisão de alongar o debate da proposta foi do Poder Legislativo. “A decisão de adiar a votação da reforma da Previdência para o dia 26 foi nossa, claro que nós comunicamos o governador, entramos num consenso. Nós precisávamos de mais tempo para discutir a matéria com os sindicatos, para fazer as mudanças necessárias. Por isso pedimos mais tempo”, enfatizou. 

O deputado lamentou ainda a postura de algumas categorias que segundo ele, insistem em ‘atropelar’ a discussão do projeto. Lembrou também que o Legislativo é um poder independente e que não pode sofrer interferência do Estado. 

“Todo o debate sobre essa proposta está sendo feito nesta casa, junto com os trabalhadores, deputados, e o líder do governo. Mas, tem sindicato que insiste em atropelar o debate, o que me deixa muito triste. Essa casa é um poder independente e não pode jamais sofrer interferência do Estado, peço mais respeito com relação a isso. O projeto da Reforma da Previdência ficará nesta casa até o dia 26, se o governo quiser retirá-lo daqui depois desta data, isso é uma decisão do Executivo. Enquanto a proposta estiver aqui o debate com as categorias continuará fluindo”, salientou. 

Para o líder do governo no parlamento acreano, deputado Gehlen Diniz (PP), a reforma se faz necessária devido ao rombo mensal na Previdência de R$ 50 milhões. “O governador Gladson Cameli resolveu trilhar o caminho da responsabilidade, do compromisso com o povo do Acre. A previdência tem um rombo mensal de R$ 50 milhões, até o final do ano são R$ 600 milhões. Se essa reforma não acontecer, esse rombo vai explodir chegando a R$ 1 bilhão. Com esse valor, pagando os pensionistas e aposentados não sobrará recursos para Saúde, Segurança e Educação”, pontuou. 

O parlamentar alertou para as notícias falsas que de acordo com ele, estão sendo divulgadas sobre a Reforma da Previdência. “Nós temos que combater essas notícias mentirosas. As redes sociais estão cheias de fake News sobre a reforma. Estão dizendo que governo vai poder baixar o salário do servidor, isso é mentira. Que o governo vai poder demitir quando quiser, isso também é mentira”, garantiu Gehlen. 

O líder do governo assegurou ainda que os trabalhadores que estão na ativa não irão perder a sexta parte e nem a licença prêmio. “Isso é uma garantia nossa, do nosso governo. Nenhum desses benefícios serão atingidos, nem o auxílio funeral, nós estamos apenas discutindo um limite para isso. O debate com as categorias continua, nós não furtamos em receber nenhum sindicato, estamos dialogando com todos. Não fomos nós que criamos esse problema, mas temos que ser responsáveis e enfrentá-lo com dignidade e honestidade, não com demagogia como vejo alguns políticos fazendo por aí, tentando colher frutos eleitoreiros em cima de um problema que afeta o trabalhador. Nós iremos fazer essa reforma, mas, iremos minorar os efeitos maléficos para os servidores”, salientou.