Oftalmologista pediátrica Luiza Paulo Filho explica motivos e cuidados no momento propício a doença
Época em que existe uma maior aglomeração de pessoas em ambientes de lazer comuns como: piscina, cachoeira, praia, atividades de futebol ao ar livre, o verão propícia a proliferação da conjuntivite, porque as crianças têm um contato muito próximo entre elas, o que contribui para passagem de um vírus ou uma bactéria que esteja infeccionado o olho de uma criança.
O contágio faz-se através do contato porque a conjuntivite não se transmite pelo ar e sim com a mão suja em contato com um olho doente. No caso das crianças podemos exemplificar um pequenino que está com conjuntivite e encostou a mão nos olhos e teve contato com amiguinho, a possibilidade de contágio aumenta.
Além disso existem as conjuntivites que são mais de caráter alérgicas ou irritantes da superfície do olho. No verão é comum as piscinas serem usadas com mais frequência, e seu uso prolongado pode acometer as conjuntivites alérgicas ou químicas.
Afinal, as piscinas possuem substâncias químicas como o cloro que são utilizadas para fazer a higienização e manutenção da água. Elas agridem a superfície do olho, então é necessário tomar cuidado para saber o quanto isso está incomodando a criança depois do dia de lazer e para que sejam tomadas algumas medidas amenizando os sintomas.
Sobre os sintomas
Os sintomas variam, mas costumam ser leves a moderados em relação à vermelhidão dos olhos, secreção esbranquiçada, irritabilidade, sensação de areia ou de cisco, coceira e inchaços.
As pálpebras um pouco mais fechadas, principalmente ao acordarem com olho grudado por causa da secreção. Quando dormimos não temos o movimento de piscar que justamente faz tanto que a lágrima quanto a secreção consigam ser drenadas pelo olho. Assim, a secreção acumulada na superfície ocular entre as pálpebras faz a pessoa estar com os olhos piores pela manhã ao acordar do que ao longo do dia.
A principal causa de conjuntivite é a conjuntivite infecciosa pelo vírus Adenovírus, que é o vírus da gripe e do resfriado e tem uma prevalência grande nas crianças.
Segundo a Oftalmologista Pediátrica Luiza Paulo Filho “ É comum o relato de uma mãe que leva o seu filho ao consultório dizer que o olhinho está saindo secreção, grudando ou inchado e que na semana anterior a criança estava resfriada, ou seja, é o mesmo vírus que está circulando no organismo da criança acometendo os pulmões, garganta ou nariz e repercutindo também nos olhos através da conjuntivite viral”.
Luiza Paulo Filho acrescenta que crianças com mais sintomas podem necessitar de colírio lubrificante para hidratar os olhos e colírio inflamatório. Quando existe uma infecção bacteriana associada a essa infecção viral podemos lançar mão até de colírios antibióticos.
O tratamento é bem tranquilo, pois ele se baseia em cuidados para conforto da criança usando compressa gelada, limpando os olhos com soro fisiológico na hora que acordar principalmente e longo do dia também.
Segundo a Oftalmologista Luiza, cada caso precisa ser analisado, mas de uma maneira geral são doenças que a gente consegue resolver por si só então o tratamento entra para o conforto por que na grande maioria das vezes vai resolver-se sozinho uma vez que a característica da doença é de possuir um decurso específico e limitado, com começo, meio e fim. Ela se apresenta de 7 a 15 dias e não costuma deixar sequelas.
Como evitar o contágio?
Pais que saibam que suas crianças e seus filhos devem estar com conjuntivite precisam levá-los ao médico para uma primeira avaliação, serem orientador sobre o que fazer e solicitar o atestado para permanecerem em casa, pois a conjuntivite é altamente contagiosa, evitando assim o contato com outras pessoas na escola ou na colônia de férias. Essa doença pode ser transmitida para outras crianças e ampliar o espectro de pessoas acometidas.
Principais Cuidados
Precaução no compartilhamento de objetos em casa como: travesseiro, lençol, toalha de rosto e de banho e lavar com mais frequência os itens de higiene pessoa. Dependendo da idade, orientar a criança de que ela precisa ter o cuidado de não encostar a mão no olho, pois as mãos sujas podem contaminar outras pessoas e não frequentar piscina quando estiver com a doença. Lavar sempre as mãos e rosto e higienizar os objetos da criança.