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Saúde

Saúde realizou durante todo o ano ação de suporte aos municípios no combate à dengue

Durante o ano de 2019 a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Departamento de Atenção Primária, Políticas e de Programas Estratégicos (Dape), desenvolveu ações educativas e mobilizações, junto aos municípios, para o combate à dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Arrastões de limpeza, feiras de saúde com o tema Aedes aegypti, palestras nas escolas, mobilizações sociais, entre outras atividades de prevenção são realizadas pelos Núcleos de Educação em Saúde e Mobilização Social (NESMS) de cada município, com o auxílio técnico do Estado.

As ações visam a diminuição da infestação do mosquito da dengue, diminuição no número de notificações e, consequentemente, possíveis óbitos. Segundo o biólogo epidemiologista, Wendell Braga, uma das principais formas de proliferação do mosquito é por meio da sujeira.

“Cada núcleo municipal tem o seu plano de combate à dengue, dentro desse plano estão várias atividades e ações como o trabalho com as escolas para fazer com que as crianças trabalhem e incentivem os pais e familiares a limparem os quintais, por exemplo”, explicou o biólogo Wendell Braga.

De acordo com o biólogo os planos municipais são elaborados pela Divisão de Educação em Saúde e Mobilização Social (Nesms), da Sesacre. “Essas ações funcionam com parcerias entre o Exército, Polícia Militar, as secretarias de Saúde municipais e as escolas. Nós elaboramos esses planos para que eles façam e desenvolvam na localidade”, destacou.

Outro ponto, destacou Wendell Braga, trata-se da mobilização social na mídia. “Por exemplo, se eu tenho um surto de dengue, toda semana eu tenho que estar na rádio: olha, um grupo vai passar no bairro tal, coloquem seus lixos do lado fora, pois um caminhão vai recolher o lixo e isso é feito pelo município, pois o Estado, nesse ponto, não tem papel de execução dentro do município”, salientou.

Segundo a gerente do NESMS da Sesacre, Sonia Queiroz, o período das chuvas é um momento complicado, pois é o período em que o ciclo biológico do mosquito muda. “Em vez de ser 12 dias, ele passa para 7 dias e isso faz com que o índice de infestação fique muito alto”, enfatizou.

dengue1 webEstado viabiliza ações técnicas de combate à dengue - Fotos: Cedidas

Cruzeiro do Sul

Os casos de dengue estão crescentes na segunda maior cidade do Acre, Cruzeiro do Sul. “Qualquer condição clínica de dengue, ou complicação a pessoa vai parar em Cruzeiro do Sul. E tem um conjunto de municípios que migram para Cruzeiro do Sul e isso acaba inchando o processo de gerenciamento deles, que acaba por perder o controle”, explicou Wendell Braga.

Suporte aos municípios

Ainda, segundo o biólogo, há uma dispensação de insumos no combate à dengue. Cada paciente que dá entrada numa Unidade Básica de Saúde (UBS) gera um custo, dentro de um orçamento que é apenas para aquele município.

“A dengue não é só ir nas casas. Tem uma parte hospitalar de Vigilância Epidemiológica e cada pessoa que entra numa UBS tem que dispensar recurso e isso cabe ao município. Se o paciente vem de Rodrigues Alves ou Marechal Thaumaturgo ele vai usar o recurso do município que está previsto para aquela população”, explicou Wendell Braga.

Assim, o município começa a perder o controle, as UBSs ficam lotadas, ele começa a perder insumos, testes rápidos, soros e o município começa a ficar enfraquecido favorecendo o avanço da doença.

Então, de acordo com o biólogo, o Estado atua dando suporte nessa organização e orientando os municípios sobre como lidar com a capacidade de seus pacientes. “Se tem uma pessoa com dengue e o município tem uma vigilância forte, funcionando no município, ele vai dar conta daquele paciente. Se isso não ocorre, o paciente migra”, finalizou.