Com o período de chuvas mais intensas nos primeiros meses do ano, o risco de enchentes e alagamentos vem aumentando. Os municípios de Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Feijó estão em estado de alerta e, em Rio Branco, famílias foram retiradas de suas casas, com o transbordamento dos igarapés. A água das chuvas, poluída e carregada de bactérias e vírus, aumenta significativamente o risco de doenças infecciosas, que podem afetar a população.
Com essa preocupação, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Saúde, orienta a população sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar doenças contagiosas neste período.
Leptospirose, hepatite A, doenças diarreicas agudas, dengue, tétano acidental e febre tifoide são algumas das principais doenças que podem ser transmitidas em decorrência das chuvas do inverno amazônico. A população também pode ter contato com animais peçonhentos e não peçonhentos.
De acordo com Débora dos Santos, chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs/AC), a ingestão, preparação e produção de alimentos, assim como a higiene pessoal, devem ser feitas com água potável.
“O contato com essas águas ou a lama gerada durante um evento dessa natureza devem ser evitados. A população deve evitar nadar na água das enchentes, ingerir água contaminada ou alimentos sem o devido preparo e higienização”, recomenda.
A gestora também explica que, em caso de se deparar com pessoas que tenham sofrido acidente com animais peçonhentos ou venenosos, o correto é encaminhar o acidentado para socorro médico urgente. “Leve a vítima a um pronto atendimento, tentando identificar o tipo de animal, para que se administre o antídoto especifico”, ressalta.
Já em casos de sintomas das demais doenças, Débora dos Santos orienta a população a procurar atendimento em uma unidade básica de saúde (UBS) mais próxima.