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Saúde

Prefeitura de Rio Branco traça metas de enfrentamento ao mosquito da dengue, zika e chikungunya

Prefeitura de Rio Branco traça metas de enfrentamento ao mosquito da dengue, zika e chikungunya

Com objetivo de manter a baixa incidência nos registros de casos de dengue em Rio Branco, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), mais especificamente a coordenadoria Municipal de Vigilância Epidemiológica, e a Secretaria Municipal de Cuidados com a Cidade (SMCCI), estiveram reunidas na tarde desta terça-feira (26), para traçar metas de atuação nos bairros da capital acreana, no combate e eliminação dos focos vetores da dengue, zika e chikungunya.

Logo no início da gestão do prefeito Tião Bocalom, em janeiro de 2021, Rio Branco enfrentava uma epidemia de dengue, onde os Índices no Levantamento Rápido (LIRAa) do mosquito transmissor Aedes aegypti, alcançavam mais de 6 mil casos da doença, chegando ao patamar de 9.8, ou seja, para cada 100 domicílios visitados pelos Agentes de Saúde, em quase 10 havia a presença do mosquito.

Rio Branco conta conta hoje com 230 bairros e mais de 190 mil imóveis urbanos e a principal preocupação da coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Capital, Socorro Martins, é que mesmo com o trabalho de limpeza que vem sendo realizado pelas equipes da SMCCI e os esforços dos Agentes de Endemias, os focos do mosquito ainda são encontrados dentro dos domicílios e terrenos baldios que não apresentam limpeza adequada no local.

“Queremos chamar a atenção dos donos desses terrenos baldios, imóveis em geral que cuidem para não deixar recipientes onde possam acumular água parada. Hoje estamos numa situação confortável da doença, onde Rio Branco, foi inclusive reconhecida nacionalmente, a capital que conseguiu reduzir a incidência de Dengue em mais de 90%. Já estamos nos antecipando nesse período de estiagem das chuvas, para que quando chegar o nosso inverno, não tenhamos que passar pela crise que vivenciamos lá atrás”, alerta a coordenadora Socorro Martins.

O secretário Joabe Lira, informou que dos 230 bairros existentes na capital acreana, 150 já foram atendidos com roçagem e capina, além da retirada de entulhos e lixo em geral. A meta, segundo ele, é que até o final de outubro todo o restante dos 80 bairros que faltam, sejam contemplados com os serviços de limpeza.

saude 001 webSão 230 bairros e mais de 190 mil imóveis urbanos e os focos do mosquito ainda são encontrados dentro dos domicílios e terrenos baldios que não apresentam limpeza adequada no local - Fotos: Assecom

“Quando fecharmos outubro, já teremos atendido todos os bairros. O nosso planejamento é que em novembro e dezembro iremos refazer os mesmos serviços de limpeza em mais 50 bairros. Esses, considerados mais críticos em áreas de periferia”, explicou Joabe Lira.

Situação de Alerta

Ainda segundo o estudo apresentado na reunião, a Vigilância Epidemiológica, alerta que o mosquito da dengue gosta de locais com água parada. O último levantamento, o maior índice de infestação, ainda se encontra dentro dos domicílios, com ênfase em:

  • Caixas d´água no nível do solo e similares
  • Pequenos depósitos móveis
  • Depósitos fixos
  • Pneus
  • Lixo doméstico, entulhos e inservíveis

A coordenadora Socorro Martins pontuou também que os bairros onde ainda há maior presença do mosquito transmissor da dengue, diagnosticados pelos Agentes de Saúde em campo, ficam nas Regionais do Bairro Tancredo Neves e Estação Experimental.

Para Joabe Lira o levantamento feito pela Vigilância Epidemiológica servirá para nortear ainda mais o raio de atuação das equipes de limpeza da cidade. “A partir desse cruzamento de dados será possível uma atuação com mais rapidez e precisão na limpeza dos locais onde o mosquito possa surgir. Estamos com 23 equipes em campo e além do nosso planejamento, também iremos priorizar os bairros listados pela Secretaria de Saúde de Rio Branco para antes do período das chuvas”, garantiu o secretário.

A parceria entre a SMCCI e a Vigilância Epidemiológica, segundo Socorro Martins, é fundamental para que a capital acreana não volte a sofrer com novos surtos epidêmicos de dengue. No entanto, reforçou ela, é preciso que cada morador de Rio Branco, possa também, estar contribuindo, eliminando possíveis focos e criadouros domiciliares.

“Devemos manter sempre os cuidados que estamos fazendo. A prefeitura sozinha não vai conseguir acabar com o mosquito da dengue. É preciso que todos nós tenhamos a consciência de que o mosquito mata. Se podemos evitar e sabemos como, porque não fazer cada um a sua parte? Cuidando de seus quintais, não deixando vasos que possam acumular água parada, manter as caixas d´água fechadas, principalmente as que ficam no solo etc. São medidas simples, mas que também podem evitar doenças e salvar vidas”, concluiu a coordenadora.