..::data e hora::.. 00:00:00

Saúde

Governo libera parques públicos, piscinas e casamentos durante fase amarela do Pacto Acre sem Covid

Todas as liberações destacam o uso da máscara de forma obrigatória e obediências às normas sanitárias. Decretos foram divulgados no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (8)

O Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 decidiu liberar a abertura de parques públicos, piscinas e casamentos mesmo o Acre ainda estando na fase amarela do Plano Acre Sem Covid. O estado está na faixa amarela desde o dia 5 de agosto, quando passou da fase de alerta, na cor laranja, para a atual fase. Esta é a oitava avaliação do pacto, feita entre os dias 13 a 26 de setembro em um período de duas semanas. A próxima avaliação deve ocorrer no dia 16 de outubro.

No Diário Oficial desta quinta-feira (8), os parques públicos foram liberados para atividades físicas, mas o comitê destaca que é necessário seguir todas as normas de segurança. Com utilização obrigatória de máscaras faciais e manutenção de distanciamento linear mínimo de 2 metros entre as pessoas, caso não sejam do mesmo núcleo familiar, por exemplo.

Foi liberado também eventos corporativos, acadêmicos, técnicos e científicos, tais como congressos, simpósios, conferências, palestras, assembleias, workshops e seminários, bem como eventos comemorativos e sociais, tais como casamentos, aniversários e outros tipos de confraternizações realizados em igrejas, cerimoniais, restaurantes e buffets, desde que também sigam todos os protocolos.

As piscinas em academias de ginásticas também foram liberadas e o uso do instrumento de sopro durante show ao vivo também, mas seguindo todas as regras. Todas as novas orientações podem ser acessar a partir da página 2 do Diário Oficial.

O acesso a parquinhos infantis, quadras, espaços e prática de atividade esportiva coletiva, ginásios, pistas de skate, e correlatos continua proibido.

Até quarta-feira (7), o estado tem 28.818, de acordo com o boletim da Secretaria Estadual Saúde do Acre (Sesacre). O número de morte é de 668.

O que pode continuar aberto

Na fase amarela podem reabrir: restaurantes, bares, pizzarias, sorveterias e outros estabelecimentos similares com 50% da capacidade; teatros, cinemas e apresentações culturais, como também evento religiosos, com 30% da capacidade.

Lojas de móveis, eletrodomésticos, eletrônicos, comunicação, informática, áudio, vídeo e colchoarias podem continuar funcionando com todos os protocolos sanitários e aumentando a capacidade limitada de 30% para 60%, além de delivery e drive-thru.

O aumento da capacidade também é válido para lojas de materiais de construção, empresas e obras do ramo da construção civil e demais estabelecimentos como olaria, cerâmicas, serraria, marcenarias marmoraria.

Feiras livres, comércios de rua, ambulantes e outros também seguem abertos seguindo as orientações de segurança. Para hotéis, shoppings, salões de beleza e motéis a capacidade de funcionamento também aumentou de 30% para 60%.

Uso de máscara é lei

No dia 14 de setembro, o governador Gladson Cameli sancionou a lei que prevê multa de R$ 74,47 para quem for encontrado sem máscara nas ruas. Nesta sexta, o infectologista Thor Dantas reafirmou que, mesmo avançando para a faixa verde, a população vai precisar seguir as medidas sanitárias como: uso de máscara, distanciamento, higienização das mãos e isolamento social.

Fora do pico

Após quase 190 dias de confirmar os primeiros casos de Covid-19 no Acre e passar pelo pico da pandemia, o estado a mostrou baixa na realização de exames em análise, conforme os boletins diários divulgados pela Sesacre.

O epidemiologista da Sesacre, Marcos Malveira, informou que a cada dia o número de suscetíveis ao vírus vai diminuindo. Porém, alerta que a pandemia ainda não acabou.

“Em relação à curva, o nosso pico foi na semana epidemiológica 21, que compreende o período de 17 a 23 de maio. Segundo o nosso boletim, o pico no Acre aconteceu aí”, disse.

O período compreende o mesmo analisado nas projeções de um estudo do Centro de Saúde e Desporto do curso de medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac), que apontavam a segunda quinzena de maio a meados de junho como o período de pico da doença no estado.

As projeções do estudo apontavam que o pico da doença seria na segunda quinzena de maio e seguiria até início de setembro, quando seria registrado o fim da primeira onda da doença, o que foi confirmado pelo professor e presidente do Comitê de Gerenciamento de Crise da Covid-19 da Ufac, Odilson Silvestre. Ele disse que, desde à segunda quinzena de junho, o estado começou a sair do pico da doença.

“Não há mais o pico. A gente já saiu do pico faz tempo, que é aquela área mais alta da curva. Então, subiu e depois veio descendo devagarzinho. Subiu rápido e veio descendo devagar. Então, nós temos uma situação de maior conforto agora, mas, sem aliviar os cuidados”, explicou.