Na última semana, o governador de São Paulo acusou o Ministério da Saúde de estar enviando um número menor de doses da vacina da Pfizer do que deveria. Nesta terça-feira (10), o órgão enviou 50 mil unidades do imunizante
Na última semana, o governador de São Paulo, João Doria, acusou o Ministério da Saúde de estar enviando um número menor de doses da vacina da Pfizer do que deveria. Agora, nesta terça-feira (10), o órgão enviou 50 mil unidades do imunizante e se comprometeu a mandar todas as 228 mil doses que ficaram faltando até o fim de semana.
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o secretário estadual da Saúde de SP, Jean Gorinchteyn, chegaram a um acordo após uma reunião com a participação de Doria.
Doria e o Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde alegou que havia uma dívida de São Paulo com o PNI (Programa Nacional de Imunização) e que por conta disso as doses foram subtraídas. O estado teria ficado com uma quantidade maior de unidades da CoronaVac antes de entregar ao governo federal. O fato, no entanto, é negado pela secretária de saúde.
O governador chegou a dizer que, sem as doses, a imunização de adolescentes de 12 a 18 anos, marcada para começar no próximo dia 18, estava comprometida. Agora, com a entrega dos imunizantes, é esperado que a data seja mantida.
O Instituto Butantan deve entregar de 54 milhões de de doses da CoronaVac até o fim de agosto para o Ministério da Saúde, isso faz parte do segundo contrato firmado. O primeiro, de 46 milhões, foi concluído em 12 de maio.
Em dezembro, o laboratório se prepara para produzir de forma independente os insumos da CoronaVac que atualmente chegam da China em uma fábrica que está sendo preparada para isso. Com o local pronto, vai ser possível a produção de 100 milhões de doses por ano.