Sejusp e Iapen-AC divulgaram nesta terça-feira (1º) que visitas íntimas e familiares seguem suspensas por 15 dias no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejups) e o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC) divulgaram nesta terça-feira (1º) que as visitas íntimas e familiares seguem suspensas por15 dias no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco.
A suspensão é devido à rebelião na unidade prisional que durou mais de 24 horas e teve cinco mortos. Caso seja necessário, as visitas serão suspensas na unidade pelo mesmo período.
As visitas estão suspensas desde a quarta-feira (26), quando iniciou a rebelião. No último fim de semana, a Sejusp-AC Iapen-AC também decidiram suspender as visitas no Complexo Prisional de Rio Branco (FOC).
Ainda segundo o comunicado do Iapen-AC divulgado nesta terça, a medida foi tomada ‘considerando a necessidade de preservação da integridade de reeducandos e familiares’.
As visitas nas demais unidades prisionais do estado seguem normalmente.
Rebelião
Dois inquéritos foram abertos pela Polícia Civil para investigar como foi a dinâmica da rebelião dentro do presídio de Segurança Máxima. Os presos renderam um detento e um policial penal e conseguiram tomar o presídio em um ato que durou de quarta (26) até quinta-feira (27). Dos cinco mortos, três foram decapitados.
Há duas possibilidades de motivação: a que a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) divulga oficialmente é de uma tentativa de fuga de 13 presos, que foram contidos e, por conta disso, teria mantido reféns para garantir as negociações. Há também uma versão de que a facção criminosa que orquestrou a rebelião queria apenas entrar no pavilhão da grupo criminoso rival e matar os integrantes para demonstrar poder na guerra por territórios.
O presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves existe há 15 anos e tem, ao todo, 99 presos, segundo o Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen-AC). Os tipos de presos são aqueles que exercem poder de chefia nos grupos criminosos que fazem parte. Os grupos criminosos são separados por pavilhões.
Toda a dinâmica e motivação devem ser esclarecidas nos inquéritos abertos pela Polícia Civil. O primeiro vai ser conduzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) e o outro conduzido pelo Departamento Técnico-Científico, onde será possível traçar como iniciou a rebelião dentro da unidade.
Os inquéritos têm 30 dias para serem concluídos.