1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco pronunciou Juan Correia de Arruda, Marcileudo Costa do Nascimento e Marduqueu Gomes Fernandes Júnior pela morte de Levi Freitas de Andrade Paulino. Na mesma decisão, rejeitou o julgamento de outros dois réus
Três dos seis acusados pela execução de Levi Freitas de Andrade Paulino em 2020, em Rio Branco, foram pronunciados a júri popular. A 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco pronunciou Juan Correia de Arruda, Marcileudo Costa do Nascimento e Marduqueu Gomes Fernandes Júnior pela morte de Paulino, primo e coordenador de campanha de Minoru Kimpara na disputa pela prefeitura da capital acreana naquele ano.
Além da pronúncia dos três acusados, a juíza de Direito Luana Cláudia de Albuquerque Campos rejeitou o julgamento de Erick Antonio Correia da Silva e Benedito Tavares de Souza.
Com a decisão, os dois acusados que foram impronunciados devem ser soltos. O restante dos réus seguirá preso. A decisão ainda cabe recurso.
“Os demais réus respondem ao processo presos. Neste momento não vislumbro elementos novos capazes de autorizar a concessão de suas liberdades, visto que ainda persistem os elementos que ensejaram a decretação das respectivas prisões”, disse a magistrada.
Os acusados responderão por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, e por integrarem organização criminosa, com qualificadoras de emprego de arma de fogo e utilização de crianças ou adolescentes.
A juíza destacou que o crime é de difícil elucidação, porque em casos que envolvem organizações criminosas as testemunhas temem represálias e preferem não falar, o que dificulta determinar a participação de cada acusado. Porém, ela também ressalta que as provas suportam todas as qualificadoras.
“Ademais, o crime conexo está em sintonia com a prova oral colhida nos autos, no sentido de que os acusados seriam integrantes da facção [...], bem como ser este o motivo que ensejou a execução”, acrescentou.
Um dos acusados, Marduqueu Gomes Fernandes Júnior, estava entre o grupo de oito presos que fizeram um buraco na cela 13, do pavilhão P do Complexo Penitenciário de Rio Branco (FOC) na noite do dia 2 de novembro. Ele foi capturado na sexta-feira (3).
Crime
No dia 22 de outubro, a vítima, que era primo do candidato a prefeito de Rio Branco Minoru Kinpara (PSDB), foi morta com vários tiros. O delegado Alcino Souza, na época do crime, disse que a intenção da quadrilha era sequestrar e extorquir a vítima. Mas, o plano dos criminosos não saiu como planejado, o coordenador resistiu e acabou morto com mais de 15 disparos de arma de fogo.
Dois foram presos pelo crime em 11 de agosto de 2022. Além das duas prisões, os investigadores identificaram outros dois suspeitos do homicídio que estão presos por tráfico de drogas e outros assassinatos. Há ainda um quinto suspeito foragido.
Conforme as equipes policiais, Andrade foi morto com pelo menos 15 tiros no dia 22 de outubro de 2020. O crime ocorreu na Rua Vitória, no bairro Hélio Melo, região conhecida como Sapolândia, na capital acreana. A vítima trabalhava na parte de mobilização da campanha.