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Polícia

Técnica de enfermagem que levava remédio do PS para namorado é condenada a prestar serviços à comunidade

Segundo o processo, profissional levava remédio do Pronto-Socorro de Rio Branco para aplicar no namorado e também para trocar por serviços em salão de beleza

Uma técnica em enfermagem vai ter que prestar serviços à comunidade após ter a condenação pelo crime de peculato confirmada pela Justiça do Acre. A profissional foi condenada por levar remédio do Pronto-Socorro de Rio Branco para aplicar no namorado.

O caso ocorreu em 2015 e foi denunciado à direção do PS, que, na época, chamou a Polícia Civil. A profissional foi condenada em primeira instância, entrou com recurso contra a sentença, mas a Câmara Criminal não acatou a apelação e manteve a decisão.

O processo destaca que a técnica levava remédio da unidade de saúde para aplicar em um rapaz com quem ela tinha um relacionamento na época. Além disso, as investigações mostram que parte dos remédios desviados serviam como moeda de troca por atendimentos em um salão de beleza.

Ao G1, o defensor público Gerson Boaventura, que representa a profissional, disse que a cliente foi condenada a mais de três anos de prisão em regime aberto. Essa pena foi substituída por duas penas alternativas e pagamento de multa pecuniária.

“Ela vai cumprir, vai ter que cumprir. A gente recorreu, mas o Tribunal manteve. Essa pena foi substituída por prestação de serviço à comunidade e pagamento de pecuniária de um salário-mínimo, que ainda vai ser indicada pela VAP”, destacou.

Desvio de remédio

Ainda segundo o defensor, as irregularidades foram descobertas em outubro de 2015, quando a direção do PS recebeu a denúncia. Boaventura disse que consta no processo que parte do remédio era aplicado no ex-namorado da técnica, que sofria de alguns transtornos.

“Usava a medicação para tratá-lo. Ele tinha depressão e alguns transtornos e ela levava para ele. Também tem essa acusação de que trocava por serviços em um salão de beleza. Existe uma foto com uma mesa repleta de remédios e ela nega veementemente que levou essa quantidade de medicamento”, frisou.

Boaventura acrescentou que a cliente confessou que retirava seringas e algumas cartelas de remédios, mas não era em grande quantidade. “Uma pessoa denunciou no WhatssApp e o diretor da época chamou a polícia. Ela não foi presa, hoje está afastada por ser do grupo de risco”, concluiu.