Mulher foi morta ao chegar no estacionamento do trabalho, nesta segunda-feira (13). Em seguida, homem foi para casa e se matou com tiro na cabeça
Duas horas depois de matar a mulher a tiros, nesta segunda-feira (13), o servidor público Jorge Alberto Franco Filho, de 48 anos, foi achado morto dentro de casa, na Rua São Raimundo, no bairro Tangará, em Rio Branco.
A informação foi confirmada pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp). O casal era servidor da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre). Sara de Lima, de 38 anos, era do administrativo do setor de nefrologia e o marido do setor administrativo da unidade.
Por volta das 7h30 desta segunda, após uma discussão, o homem foi até o estacionamento do hospital, onde a mulher tinha acabado de chegar para trabalhar, e deu três tiros contra ela. Os disparos acertaram a região do peito da vítima.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e ainda fez os primeiros atendimentos, mas Sara não resistiu e morreu dentro da ambulância.
Em seguida, o marido foi para a casa do casal e, cerca de duas horas depois de atirar contra a mulher, teria se matado. O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para fazer a remoção do corpo. Segundo a polícia, o casal tinha um filho de 4 anos.
Ao G1, a Delegacia de Proteção à Mulher, em Rio Branco, informou que no ano passado Sara havia dado queixa do marido pelo crime de ameaça, mas que o processo foi arquivado após ela voltar atrás.
Hospital em luto
O diretor da Fundação, Marcelo Lima, disse que toda equipe foi pega de surpresa com a situação e que o hospital está em luto. O casal tinha se separado no ano passado por um período e no final do ano reatou o relacionamento. Sara era servidora há mais de 10 anos no hospital e o marido há mais de 20 anos.
“É uma situação complicada, a gente conhece os dois há muito tempo. De manhã cedo o pessoal estava me ligando dizendo o que tinha acontecido e eu saí correndo e vim para cá. No começo, achei que era alguma outra coisa, mas quando vi o corpo dela aqui em uma mesa, não deu para acreditar. A gente sabe que existia problema de relacionamento, mas todo mundo tem e ninguém imaginava que podia chegar a esse ponto”, disse o diretor.
Antes de saber da morte do servidor, o diretor conversou com o G1 e disse que estava preocupado com o que ele pudesse fazer com a própria vida. Após a confirmação da morte de Jorge Filho, a reportagem não conseguiu mais contato com Lima.