Uma mulher que se diz servidora do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) resolveu condenar o aborto a que foi submetida uma menina estuprada pelo tio no Espírito Santo. Em comentário feito, porém, na rede social Facebook sobre o assunto, ela atacou a vítima. “Foi tão estupro que ela gozou durante 4 anos’, escreveu.
Natural da cidade de São Mateus (ES), a garota, de 10 anos, vinha sendo estuprada desde os seis. Na quarta-feira (19), ela teve alta de um hospital do Recife (PE) depois de passar por um procedimento que interrompeu a gravidez.
A internauta Katia Barros resolveu denunciar a suposta servidora do Huerb em sua página no Facebook, na manhã desta sexta-feira (21).
“Essa pessoa trabalha no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, Acre.
Bora denunciar? Bora”, escreveu, mostrando o print do comentário.
Segundo o texto escrito pela funcionária do Huerb, a garota não seria a ‘inocentinha’ que se pode supor, já que “só parou de gozar pra assassinar um inocente que ela mesma gerou”.
Em relação ao tio da vítima, preso na terça-feira (18), em Betim, Minas Gerais, a servidora do Huerb decidiu negar ter havido os estupros.
“Foi um abuso de um monstro que podia ter defendido a sobrinha e não ter relações sexuais com ela, a virem falar que foi um estupro é um pouco demais”.
Confira abaixo o comentário na íntegra:
Caso semelhante em SP
A Secretaria estadual de Educação de São Paulo demitiu nesta semana uma professora de educação básica que publicou mensagens em uma rede social afirmando que o caso da menina “não foi nenhuma violência”.
Na publicação, conforme revelado pela Folha de S. Paulo, a professora diz que a menina “já tinha vida sexual há quatro anos” com o tio.
“Deve ter sido bem paga”, ironizou.
A demissão foi confirmada pela Folha junto à Secretaria de Educação.