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Polícia

Quatro servidores do Iapen são afastados em operação que investiga rebelião que acabou com cinco mortos em presídio no Acre

Quatro servidores do Iapen são afastados em operação que investiga rebelião que acabou com cinco mortos em presídio no Acre

Servidores foram afastados por 120 dias e estão proibidos de exercer a função, inclusive de manter contato com os investigados

Quatro servidores do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) foram afastados durante a operação Portas Abertas, que investiga as circunstâncias da rebelião ocorrida no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que terminou com cinco mortos, três deles decapitados.

Ainda durante a ação, nesta sexta-feira (5), uma pessoa foi presa e 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.

A operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Acre. A rebelião no Antônio Amaro aconteceu em julho de 2023. Os dois recapturados do presídio federal de Mossoró, Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, foram transferidos em 27 de setembro do ano passado após serem apontados pelas forças de segurança como alguns dos presos com o maior envolvimento em atos de violência durante a rebelião.

A dupla foi recapturada em Marabá-PA nessa quinta-feira (4) após mais de 50 dias de buscas.

De acordo com o delegado Robert Alencar, responsável pela operação, a investigação aponta que os servidores afastados teriam auxiliado nos eventos que levaram à rebelião. O nome dos servidores afastados não foi divulgado.

“Eles contribuíram para que o plano de fuga dos detentos que eclodiram a rebelião acontecesse, inclusive, com o fornecimento das serras que foram utilizadas para danificar os ferrolhos e abrir as portas, como também na locação deles nas células do Pavilhão 1, que era o pavilhão destinado exclusivamente para esse servidor”, explicou.

Os servidores foram afastados por 120 dias e estão proibidos de exercer a função, inclusive de manter contato com os investigados, de frequentar as unidades prisionais enquanto a investigação não for concluída.

O delegado-geral de Polícia Civil, Henrique Maciel, negou que a operação tenha relação com a recaptura dos fugitivos de Mossoró.

“Não tem nenhuma correlação, nós tínhamos um inquérito aqui relacionado ao objeto da investigação que seria a facilitação da fuga da época e foi feito todo o planejamento, ninguém faz uma operação assim da noite para o dia e coincidiu da operação ser hoje, já estava programada. Ontem houve a prisão das pessoas que fugiram do presídio de Mossoró, então não tem nenhuma correlação uma com a outra”, afirma.