Publicação da exoneração foi feita em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (4). Diretor operacional do Iapen também foi exonerado
O governador do Acre Gladson Cameli publicou nesta sexta-feira (4), em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), a exoneração de Glauber Feitoza Maia, que ocupava o cargo de presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).
Ele ficou mais de 1 ano e três meses a frente do instituto.
Na mesma edição do DOE, também saiu a demissão do diretor executivo operacional do Iapen, Marcelo Lopes da Silva. Nomeado no dia 19 de janeiro deste ano, ele ficou mais de seis meses no cargo.
Para ocupar o cargo que Feitoza ocupava, Cameli nomeou Alexandre Nascimento de Souza. Como diretor operacional, quem responde agora é Tiênio Rodrigues da Costa.
As exonerações ocorrem nove dias após a rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que durou mais de 24 horas e teve cinco mortos.
Rebelião
Dois inquéritos foram abertos pela Polícia Civil para investigar como foi a dinâmica da rebelião dentro do presídio. Os presos renderam um detento e um policial penal e conseguiram tomar o presídio em um ato que durou de quarta (26) até quinta-feira (27). Dos cinco mortos, três foram decapitados.
Há duas possibilidades de motivação: a que a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) divulga oficialmente é de uma tentativa de fuga de 13 presos, que foram contidos e, por conta disso, teria mantido reféns para garantir as negociações. Há também uma versão de que a facção criminosa que orquestrou a rebelião queria apenas entrar no pavilhão da grupo criminoso rival e matar os integrantes para demonstrar poder na guerra por territórios.
O presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves existe há 15 anos e tem, ao todo, 99 presos, segundo o Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen-AC). Os tipos de presos são aqueles que exercem poder de chefia nos grupos criminosos que fazem parte. Os grupos criminosos são separados por pavilhões.
Toda a dinâmica e motivação devem ser esclarecidas nos inquéritos abertos pela Polícia Civil. O primeiro vai ser conduzido pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) e o outro conduzido pelo Departamento Técnico-Científico, onde será possível traçar como iniciou a rebelião dentro da unidade.