Câmara Criminal negou pedido de soltura de Quenisson Silva de Souza, nesta quinta (28). Policial está preso por ter matado a companheira, Erlane Cristina de Matos
A Câmara Criminal de Rio Branco negou um novo pedido de soltura para o policial penal Quenisson Silva de Souza, que está preso pela morte companheira Erlane Cristina. A defesa do policial tinha entrado com o habeas corpus e teve o pedido negado nesta quinta-feira (28).
No último dia 7, a Justiça já havia negado um pedido de liberdade para o policial. Ao G1, o advogado de Souza, Maxsuel Maia, disse que o próximo pedido para soltar o policial será feito no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“Continuamos convictos de que estamos diante de uma tragédia. Por isso, seguiremos incessantemente em busca de devolver a liberdade do nosso cliente e, no momento oportuno, provar a sua inocência”, afirmou.
Erlane foi morta com um tiro na cabeça em março deste ano. O casal brigou depois de chegar da casa de um amigo. O sobrinho de Erlane, de 13 anos, que estava passando uma temporada com o casal, ouviu a briga e é testemunha no processo.
O policial foi denunciado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) à Justiça pelo crime de feminicídio. O pedido de soltura de Silva foi negado pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.
O servidor público permanece preso no Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, desde o dia do crime. Ele chegou a ser internado no Hospital de Saúde Mental (Hosmac), mas a Justiça determinou que ele voltasse ao presídio.
Crime
Quenison Silva de Souza foi preso e indiciado por feminicídio por matar a companheira, Erlane Cristina de Matos, de 35 anos, com um tiro na cabeça. O crime ocorreu na noite de 11 de março na casa do casal no bairro Estação Experimental, na capital acreana.
À polícia, Souza afirmou que o tiro foi acidental. Dois dias após o crime, ele deu entrada no Hosmac. Em ofício destinado à Justiça, o Iapen justificava a internação do policial apenas por “necessidades psicológicas”, sem detalhar. Mas, a Justiça determinou que ele fosse recolhido novamente no presídio.
O G1 teve acesso a um relatório psicossocial feito por uma psicóloga do Tribunal de Justiça que aponta o seguinte:
“Seus sentimentos são de intensa dor e arrependimento no que diz respeito ao ocorrido. Se sente culpado e em extrema vergonha perante sua família e seus amigos. Não consegue aceitar que uma tragédia como essa teve sua pessoa como responsável, pois sempre foi muito responsável com sua arma e com suas obrigações de esposa e pai de família.”