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Polícia

Polícia resgata quatro crianças em seringal no AC e investiga se estariam sendo vítimas de violência doméstica

Crianças estavam com o pai, no Seringal Novo Porto, zona rural do município de Feijó, interior do Acre. Mãe disse para a polícia que fugiu de casa com dois filhos, deixou os outros quatro com o pai, e foi até a polícia denunciar caso

A Polícia Civil do município de Feijó, interior do Acre, resgatou quatro crianças, de 2, 4, 5 e 6 anos, que estariam sofrendo violência doméstica. Elas são moradoras do Seringal Novo Porto, próximo do Rio Paraná do Ouro, zona rural da cidade. As equipes policiais cumpriram mandados judiciais nesta quarta-feira (23) e levaram as crianças para a zona urbana.

O caso chegou até o conhecimento da polícia após a mãe das crianças procurar a delegacia para denunciar que era vítima de violência doméstica. Ela afirmou para o delegado que teria fugido da localidade e que precisava de ajuda para resgatar os filhos, que ficaram com o pai em casa.

“Ela [mãe] veio comunicar na sexta [18] que fugiu dizendo que tinha levado só duas crianças e deixado outras quatro com ele [pai]. Ele foi conduzido e negou que batia nas crianças”, destacou o delegado que investiga o caso, Railson Ferreira.

resgate 002 webCrianças foram resgatadas de barco por equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil — Fotos: Divulgação/Polícia Civil de Feijó

A polícia ouviu o agricultor e liberou enquanto conclui as investigações. As crianças foram entregues para a mãe.

“As crianças estavam bem cuidadas, são da zona rural e pobres, mas estavam bem cuidadas. Estão com a mãe enquanto a Justiça decide sobre a guarda, medida protetiva e sobre a questão da violência doméstica”, afirmou.

A mulher falou que o homem não bate nos filhos, mas teria recebido uma carta, após a saída do seringal, afirmando para ela ir buscá-los. Com medo de que algo acontecesse, ela procurou a polícia e denunciou o caso.

“Fiz o pedido e acelerei para ir buscar as crianças. Ele [marido] falou que ela [mãe] que deixou ele, que quer viver a vida de solteira”, concluiu.