Equipe precisou usar quadriciclo para conseguir chegar nos locais dos crimes. Dois homens foram assassinados no Projeto de Assentamento Moreno Maia e polícia investiga se crimes têm ligação
A polícia precisou montar uma verdadeira força tarefa para conseguir resgatar os corpos de dois homens que foram assassinados nesse sábado (12) no Projeto de Assentamento Moreno Maia, na zona rural de Rio Branco. Como a região é de difícil acesso, a equipe precisou usar quadriciclo para conseguir chegar nos locais dos crimes.
A ação foi feita por militares do Batalhão Ambiental, policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e por agentes do Instituto de Criminalística. A equipe se deslocou para o local na manhã de domingo e só retornou à noite.
Uma das vítimas foi o marceneiro Arinaldo Rego de Andrade, de 29 anos, que foi achado morto a tiros e facadas nesse domingo (13) no Ramal João Paulino, no Projeto de Assentamento Moreno Maia. Foi a mãe dele quem o encontrou já sem vida.
Ao g1, a irmã de Andrade, Alba Rego contou que, por volta das 19h de sábado, a mãe ouviu dois tiros e desde então passou a ligar para o filho, mas ele não atendia. Até que, às 6h desse domingo, ela resolveu sair de casa para procurar por ele e o encontrou caído ao lado de sua motocicleta na frente de casa.
A outra vítima foi identificada como Edmar Oliveira de Sales, de 43 anos. Ele foi achado morto no meio do Ramal Circular, também no Moreno Maia.
Conforme a polícia, a irmã da vítima acionou socorro nesse domingo, após ser avisada pelo pai que Sales tinha sido assassinado a golpes de faca. A informação é que ele estaria em uma bebedeira antes do crime.
A comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Jokebed Lima, disse que os corpos estavam a uma distância de cerca de 10 quilômetros de distância.
“O acesso é precário, então juntou uma força tarefa para conseguir chegar ao local e fazer os procedimentos. Nosso efetivo tentou ir de caminhonete, mas não foi possível. Então, o Batalhão Ambiental foi acionado para ir de quadriciclo até lá. A equipe resgatou o primeiro corpo e depois andou mais uns 10 quilômetros para pegar o outro. Foi o dia todo de operação. Não conseguimos muitas informações nos locais”, disse.
Os dois casos estão sendo investigados pela DHPP e a polícia apura se eles têm ligação. O delegado responsável, Leonardo Ribeiro, disse que está analisando as informações para instaurar os inquéritos.
A irmã de Arinaldo Rego de Andrade disse que a família não tem ideia da motivação do crime ou quem possa ter matado o marceneiro.
“Minha mãe escutou dois tiros, mas não imaginava que era isso. Passou a noite toda ligando e ele não atendia. Quando foi de manhã, ela viu a moto dele na frente de casa e ele estava caído no chão. É um pedaço que nos tiraram. A gente ama a pessoa e acontece isso, estou sem chão. Entrego tudo nas mãos de Deus, a justiça de Deus chega na hora certa. Agora, o que tenho que fazer é cuidar da minha mãe, ele morava com ela, está aqui em choque. É uma dor que não cicatriza”, disse Alba.