Menina de cinco anos morreu após sofrer um acidente com uma espingarda em casa em uma comunidade ribeirinha próximo ao rio Caeté, na zona rural de Sena Madureira
A polícia de Sena Madureira, no interior do Acre, aguarda o laudo para saber a causa real da morte de uma menina de cinco anos que após sofrer um acidente com uma espingarda em casa na comunidade ribeirinha do Brejo, no Rio Caeté, zona rural de Sena Madureira.
O acidente ocorreu na última quinta-feira (13) e parentes da criança chegaram a levá-la para o hospital do município.
A viagem do local onde ocorreu o acidente até a cidade de Sena Madureira durou cerca de seis horas. No trajeto, a criança acabou não resistindo e já chegou sem vida ao Hospital João Câncio Fernandes.
O delegado da cidade disse que o avô da menina relatou que a arma estava em uma prateleira e caiu na cabeça da criança. O delegado aguarda o resultado do laudo cadavérico para fechar o inquérito.
O corpo da criança foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) da capital, Rio Branco, para os procedimentos cabíveis. O delegado disse que vai abrir um inquérito para investigar o caso.
“O hospital chamou a polícia por não ter certeza da causa da morte. Não temos, infelizmente, o que declarar sobre isso porque o laudo da morte não saiu. A médica também pediu para ligar para a polícia porque não tinha total certeza do que tinha acontecido, então, não poderia atestar um óbito que havia dúvida. Por isso, foi encaminhado para Rio Branco”, explicou a assistente social Nildete Lira.
Controversas
A assistente social acrescentou que a criança foi levada, ainda com vida, por uma tia à unidade. Ela saiu da comunidade de canoa até o porto da cidade. De lá, foi para o hospital em um carro do Corpo de Bombeiros.
Ao ser questionada sobre a morte, a parente disse que uma espingarda teria caído em cima da cabeça da criança, que se desequilibrou e caiu em um moinho, batendo a cabeça.
“Ela tinha mesmo um ferimento, a médica constatou um edema, mas não foi tiro. Não souberam explicar se o ferimento foi por conta da queda da espingarda na cabeça ou dessa outra queda. A pessoa que informou foi uma tia, que não estava presente no momento do acidente. Alegaram que foi um acidente. A tia levou a criança, mas solicitamos que a família viesse com a documentação para prestar alguns esclarecimentos”, contou.
A família alegou que a criança saiu da comunidade com vida. Porém, durante a viagem foi percebido que a menina não respirava mais. Os parentes afirmaram também que os pais não acompanharam a tia até a cidade porque estavam bastantes abalados.
“Ligamos para a família e veio um avô, que estava no local, e a mãe, que disse estar na cidade no momento [do acidente]. Teve uma pouco de controversa. Primeiro a mãe estava no local, em outro momento não estava. Mas, ela não chegou junto com a criança, só a tia.
Diante das dúvidas, a equipe do hospital acionou a Polícia Civil para investigar o caso. “Cuidamos da parte de assistir a família e acionamos o Conselho Tutelar, que foram lá, e depois ligaram para a Polícia Civil”, reafirmou.