Operação Depicit ocorreu em quatro cidades do Rio e de São Paulo. De acordo com a PF, o grupo recebeu cerca de R$ 1 milhão em benefícios fraudulentos
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta segunda-feira (dia 21), uma operação para combater um grupo suspeito de fraudes no auxílio emergencial (pago em 2020 e 2021).
A ação — batizada de Decipit, que em latim significa “enganador” — acontece no município do Rio de Janeiro e nas cidades de Angra dos Reis (RJ), Barueri (SP) e Carapicuíba (SP), com a participação de cerca de 60 agentes.
De acordo com a Polícia Federal, a estimativa é que o grupo tenha recebido indevidamente cerca de R$ 1 milhão em benefícios fraudulentos. As equipes cumprem oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Como funcionava o esquema
Ainda de acordo com as investigações da PF, o bando usava nomes de pessoas publicados nos sites dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) que não votaram nas últimas três eleições.
De posse dessas listas nominais, eles captavam informações em sites privados de banco de dados e faziam o cadastro no portal Gov.br (que reúne diversos serviços digitais do governo federal para os cidadãos). Depois de realizar esses falsos cadastros, os criminosos requeriam o auxílio emergencial por meio do aplicativo Caixa Tem.
Para que os cadastros tivessem a aparência de verdadeiros, o grupo chegava a cadastrar chips de telefonia em nome dos supostos beneficiários, produzindo também documentos falsos.