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Polícia

PF cumpre seis mandados de busca em operação que apura retenção de cartões de benefícios de indígenas no AC

PF cumpre seis mandados de busca em operação que apura retenção de cartões de benefícios de indígenas no AC

Operação Alarma foi deflagrada nesta quarta-feira (16) na cidade de Feijó, interior do estado

Em mais uma ação para combater a prática ilegal de retenção de cartões de benefícios sociais e previdenciários de indígenas, a Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (16) a operação Alarma.

Conforme a polícia, as vítimas seriam índios da etnia Kulina e Kaxinawás, das aldeias da região do Alto Purus, na cidade de Feijó, interior do Acre.

Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, em locais suspeitos de reterem os cartões previdenciários dos indígenas, bem como de se apropriarem dos benefícios assistenciais. Vinte policiais federais estiveram envolvidos na ação. Desta vez, não houve prisões.

A Polícia Federal informou que as investigações continuam para tentar chegar à real dimensão dos crimes praticados contra os indígenas da região.

federal 002 webPF cumpre seis mandados de busca em operação que investiga retenção de cartões de benefícios de indígenas no AC — Fotos: Arquivo/PF-AC

Ainda segundo a PF, os envolvidos podem responder pelos crimes de estelionato previdenciário, extorsão, e apropriação indébita, com penas de até 10 anos e meio de reclusão.

A origem do nome da operação faz referência ao poema indianista brasileiro escrito pelo poeta Gonçalves Dias. Na obra I-Juca-Pirama, Alarma foi o grito de guerra proclamado por um índio da tribo tupi antes de entrar na luta contra uma tribo inimiga.

Outras operações

Essa não é a primeira vez que a PF tem como alvo pessoas que tentam se beneficiar de indígenas no interior do Acre com a retenção de cartões. Em março do ano passado, a polícia deflagrou a Operação “Huni Kuin” e prendeu um homem na época.

Em junho de 2021, um homem foi preso suspeito de reter cartões e benefícios previdenciários de indígenas das etnias Kulina, das aldeias da região do Alto Envira, no interior do Acre. A ação fez parte da Operação “Totomide”, deflagrada pela Polícia Federal na cidade de Feijó. Nessa mesma ação, a vereadora Aurelinda Portela (PP), a filha dela e o marido também foram alvos da polícia.