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Polícia

Passageiro trans pega mais de 24 anos de prisão por matar mototaxista durante assalto em Rio Branco

Passageiro trans pega mais de 24 anos de prisão por matar mototaxista durante assalto em Rio Branco

Jurados condenaram Kely Gomes de Almeida por homicídio duplamente qualificado. Sebastião de Lima foi assassinado com um tiro após fazer uma corrida para Key em fevereiro deste ano

A 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco e Auditoria Militar condenou a mais de 24 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado Kely Gomes de Almeida, de 25 anos, homem trans que matou o mototaxista Sebastião Gonzaga de Lima, de 64 anos.

Kely vai cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado e não pode recorrer da decisão em liberdade. O julgamento ocorreu no último dia 17 em Rio Branco.

No entendimento dos jurados, a vítima foi morta por motivo torpe e recurso que dificultou sua defesa. Além disso, foi levada em consideração a reincidência do réu, que possui outros cinco processos criminais.

A vítima foi baleada no dia 28 de fevereiro durante um assalto enquanto levava um passageiro para o Recanto dos Buritis, Segundo Distrito de Rio Branco. No caminho, o passageiro pediu que ele entrasse em uma rua, desviando o trajeto, e o mototaxista estranhou a ação e decidiu interromper a corrida.

Então, o passageiro sacou a arma de fogo e atirou contra ele. O tiro pegou na região do abdômen, o mototaxista foi hospitalizado em estado grave. Depois de atirar contra no trabalhador, o passageiro fugiu levando a motocicleta da vítima.

Kely de Almeida, que não tem nome social, foi preso com a arma que teria sido usada no crime e o veículo da vítima. Sebastião de Lima morreu no Pronto Socorro de Rio Branco no dia 9 de março.

Ele tinha sido indiciado pelo crime de latrocínio. No dia 1º de março foi realizada a audiência de custódia e Kely teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do réu.

Concurso no presídio

Kely tinha sido eleito, em abril de 2022, o mais belo homem trans do sistema penitenciário do Acre, em concurso realizado no pavilhão feminino do Complexo Penitenciário de Rio Branco.

Na época do crime, o suspeito estava em monitoramento por tornozeleira eletrônica.