Gervando Costa sofreu um acidente de moto em Marechal Thaumaturgo e precisou ser transferido de táxi aéreo para Cruzeiro do Sul. Tripulação teria ‘esquecido’ que o paciente iria no voo e decolou com outros passageiros
O ajudante de pedreiro Gervando Costa passou por dois sufocos nessa quinta-feira (7) em Marechal Thaumaturgo, no interior do Acre. Ele sofreu um acidente de moto e precisou ser transferido de táxi aéreo para Cruzeiro do Sul, cidade vizinha. Contudo, a tripulação da aeronave teria ‘esquecido’ que o paciente iria no voo e decolou com outros passageiros.
Gervando Costa era levado de maca com ajuda de quatro amigos e um médico para o aeródromo quando o avião decolou. O paciente foi levado para o hospital novamente.
A transferência pelo Tratamento Fora do Domicílio (TFD) foi concluída na manhã desta sexta (8). O ajudante de pedreiro foi levado de táxi aéreo para o Hospital do Juruá, onde faz exames e avaliações para saber se quebrou a clavícula durante a batida com outra motocicleta.
Além de Costa, o condutor da outra motocicleta também ficou ferido e foi levado para Cruzeiro do Sul em um avião do Serviço Aeromédico, ainda na quinta.
O diretor do hospital de Marechal Thaumaturgo, José Quideson de Fátima Nascimento, disse que acionou a transferência dos dois pacientes para a cidade vizinha. O motorista que se chocou com Gervando Costa foi transferido primeiro e as equipes ficaram aguardando a ida do ajudante de pedreiro por táxi aéreo.
“A médica regulou ele e fomos informados pelo pessoal do TFD, que o avião já estava vindo e poderíamos levar o paciente para a pista. Levamos o paciente, o médico acompanhou e quando chegamos lá, soubemos que o avião já tinha decolado e levando outras pessoas que não eram o paciente do TFD”, explicou.
Ainda segundo o diretor, Gervando Costa foi levado para o hospital novamente e ficou aguardando a transferência nesta sexta. O diretor da unidade de saúde afirmou que entrou em contato com a empresa de táxi aéreo e ouviu que havia ocorrido um ‘erro de comunicação’. “Que fique claro que não ficamos de mãos atadas, documentei toda essa situação e acredito que as providências serão todas”, disse.
A reportagem tentou contato com a empresa de táxi aéreo e aguarda retorno.
Longo percurso
O g1 conversou com um cunhado do paciente, que pediu para não ser identificado. Ele contou que quatro amigos precisaram carregar o ajudante de pedreiro em uma maca do hospital até o Rio Amônia, onde atravessaram em uma canoa, e seguiram em direção ao aeródromo para que o paciente fosse embarcado.
“Lá do outro lado do rio levaram ele de maca. Andaram, mais ou menos, um quilômetro e quando chegaram não tinha avião. Voltaram com ele para o hospital”, lamentou.
Ainda segundo o familiar, o ajudante de pedreiro chegou a sentir um mal estar por conta do percurso.