Operação Ventríloquo, da Polícia Civil, foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (7) em Rio Branco, no Acre, e em municípios de Rondônia
A Polícia Civil do Acre, com ajuda de policiais do estado de Rondônia, deflagrou, nesta segunda-feira (7), a 1ª fase da Operação Ventríloquo, de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Rio Branco e em quatro cidade no interior do RO.
Foram cumpridos, ao todo, 14 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva, sequestro de bens e valores, além do bloqueio de R$ 2,3 milhões que estavam em contas de pessoas físicas e jurídicas. A ação ainda está em andamento, mas, até a manhã desta segunda, três pessoas foram presas em flagrante e oito veículos apreendidos.
Além da capital acreana, a operação ocorreu simultaneamente nas cidades de Cacoal, Ji-Paraná, Ariquemes, e Porto Velho, em Rondônia.
O delegado-geral de Polícia Civil, Josemar Portes, disse que a operação foi desencadeada através do Gecot, grupo criado pela Polícia Civil que fiscaliza crimes de ordem tributária, em parceria com os demais órgãos de controle do estado.
“O foco da operação, como é o foco do próprio Gecot, foi fiscalizar crimes de sonegação fiscal, associação criminosa e eventualmente atos de corrupção. Mas, o foco da primeira fase dessa operação objetivou apreender e prender pessoas preventivamente. Inclusive alguns autores já identificados, quatro mandados de prisão, conseguimos até o momento cumprir três, a operação ainda está em andamento, por isso os dados podem mudar.”
O delegado-geral falou ainda que todo o valor apreendido é de sonegação de impostos e de dinheiro público que deixou de ser arrecadado. “Prendemos e apreendemos materiais, mídias, documentos, bens para ressarcimento ao patrimônio público, foram feitos bloqueio de contas, no valor total de R$ 2,3 milhões.”
O diretor de Administração Tributária da Sefaz, Israel Monteiro, falou da importância da ação para que o estado não deixe de arrecadar impostos que são utilizados para melhorias.
“Foi uma ação conjunta, colaboração da Sefaz, Ministério Público, CGE e demais órgãos fiscalizadores. Essa é uma ação que iniciou há bastante tempo, os fatos acontecem pelo menos desde 2016, 2017, um grupo de empresas voltadas a utilizar pessoas como laranjas para ação delituosa de sonegar o ICMS. A estimativa é uma base de R$ 20 milhões em operações sujeitas à tributação, uma sonegação fiscal inicial de por volta de R$ 3 milhões.
O delegado responsável pelo Gecote, Rodrido Noll, informou que as investigações começaram em algumas empresas que se utilizavam de laranjas. Ele explicou ainda que eram feitas compras e negociações gerando tributos que não eram pagos.
“A Gecot estava com uma investigação, presidida pelo delegado Alcino, e foi feita simultaneamente no Acre, em Rio Branco, e em alguns municípios de Rondônia. Já tínhamos informações trazidas pela Secretaria da Fazenda, uma parceria importante no combate à sonegação e outros crimes”, concluiu.