O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), obteve a condenação de 19 réus a penas que, somadas, chegam a mais de 181 anos de prisão, pelo crime de integrar organização criminosa.
Conforme a denúncia do MPAC, a participação dos réus, presos durante a operação “Blacklist” em junho de 2021, foi comprovada através da apreensão e extração de dados do aparelho celular de um líder da organização criminosa nos municípios de Feijó e Tarauacá. No aparelho, constava a identificação de dezenas de integrantes da facção, bem como aspectos relevantes atinentes a sua organização, divisão de tarefas e arrecadação de mensalidades.
Foi identificado após análise em grupo de Whatsapp que os réus realizavam o pagamento pelo uso das “biqueiras” (pontos de vendas de drogas) e todos tinham cadastro na facção. Além disso, diversas outras provas corroboraram a integração, promoção e financiamento à organização criminosa, como BOs da Polícia Militar, identificação da “função” da maioria dos réus como sendo a prática do crime de tráfico de drogas, além da identificação do local das biqueiras como reduto da organização criminosa em Cruzeiro do Sul.
A investigação que levou à deflagração da Operação Blacklist durou cerca de cinco meses e decorreu do aprofundamento dos elementos de prova colhidos em operações anteriores realizadas pelo Gaeco. O nome da operação, cuja tradução é “lista negra”, foi escolhido a partir do acesso à lista contendo informações que possibilitaram a identificação dos criminosos, responsáveis pela gestão do tráfico de drogas em diversos bairros de Cruzeiro do Sul e região.