Grupo criminoso foi preso durante Operação Livro Caixa II, deflagrada no mês de fevereiro pelo MP-AC e o Bope. Penas variam de 8 a 14 anos de prisão
Oito presos na segunda fase da Operação Livro Caixa foram condenados a quase 90 anos de prisão. A ação foi deflagrada no mês de fevereiro pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do do Acre (MP-AC) e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) para desarticular o núcleo financeiro de duas organizações criminosas.
Durante a ação foram cumpridos 32 mandados judiciais contra integrantes de duas organizações criminosas que atuam em pelo menos três bairros de Rio Branco. Do total de mandados, 18 foram de prisão e outros 14 de busca e apreensão nos bairros Cidade do Povo, Santa Inês e Boa União, na capital, além dos municípios de Boca do Acre (AM) e Dourados (MS). Outros três mandados foram cumpridos no Complexo Penitenciário de Rio Branco.
As penas dos acusados variam de 8 a 14 anos de prisão. Eles foram julgados pelo Juízo da Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Rio Branco por promover, financiar e integrar pessoalmente organização criminosa.
Segundo a Justiça, a quadrilha foi sentenciada da seguinte forma:
- José Mendonça - 14 anos e 9 meses de prisão;
- Camila Almeida - 12 anos e 10 meses;
- Jucenildo Ferreira - 8 anos;
- Manoel Ferreira - 12 anos e 11 meses de prisão;
- Antônio Saboia - 11 anos;
- Maria Maíara - 11 anos;
- Djailson Lobo - 11 anos
- Rosângela Pereira - 8 anos.
“Essa operação teve um resultado muito satisfatório, tendo em vista que todos os réus que foram denunciados e tiveram sua instrução criminal realizada e em juízo foram todos condenados, inclusive de forma célere e sem nenhum vício processual, qualquer legalidade e com penas justas e aplicadas com razoabilidade pelo juiz da Vara de Organização Criminosa, inclusive, com diversas penas superiores a 12 anos de reclusão”, destacou o promotor Júlio César de Medeiros, que atuou na operação.
Operação Livro Caixa
Na primeira etapa da Operação Livro Caixa, deflagrada no dia 5 de agosto de 2020, foram cumpridos 18 mandados contra um grupo criminoso que atua em Rio Branco.
Na época, o MP informou que comerciantes do Conjunto habitacional Cidade do Povo e de pelo menos mais dois bairros eram vítimas de extorsão e tinham que pagar mensalidades a um grupo criminoso em troca de “segurança”.
Por isso o nome da operação, que faz referência à apreensão de registros da contabilidade da facção, que revelam o crime de extorsão contra esses comerciantes.
Após a análise dos documentos apreendidos na primeira etapa da operação foram identificadas chefias de duas organizações criminosas. Essas pessoas seriam, segundo o MP, as responsáveis pelos núcleos de cadastramento, contabilidade e disciplina de três bairros da capital.
Em fevereiro, o MP-AC e o Bope deflagraram a segunda fase.