..::data e hora::.. 00:00:00

Polícia

No interior do Acre, homem é suspeito de usar religião para estuprar adolescente de 14 anos

Polícia suspeita que homem, que é pai de santo, estivesse usando a religião para praticar o crime. Investigações apontam que podem existir outras vítimas

Um homem de 45 anos foi preso temporariamente no início desta semana, no município de Xapuri, no interior Acre, suspeito de estuprar uma adolescente de 14 anos. O delegado Bruno Coelho disse ao G1 que a polícia estava investigando o suspeito e pediu a prisão temporária dele.

O delegado afirmou que o homem disse que é pai de santo, mas negou as acusações de estupro. A suspeita é que ele estivesse usando a religião para praticar o crime. Além disso, a polícia acredita que podem existir outras vítimas.

“Ele negou que abusou da criança, mas há uma verossimilhança muito grande entre o que ela falou e o interrogatório do suspeito. Apesar que ele não confessa, mas tudo que ela fala bate com o procedimento que ele também falou que fez”, contou o delegado.

O pai de santo teria levado a adolescente para a casa onde fazia os atendimentos, que ficava no fundo de uma residência onde eram feitas reuniões espíritas. Durante as sessões, ele alegava que a vítima estava com algum problema espiritual e que conseguia ver espíritos maus ao redor dela e que era necessário um trabalho com banho de ervas e frutas.

Durante o banho, ele usou a violência e praticou o ato sexual com a adolescente. Antes de praticar o ato, o delegado ainda contou que ele teria feito pressão psicológica de que a vida da vítima seria amaldiçoada e que ele via espíritos rondado ela e que podia confiar nele.

“Ele faz esse banho e a pessoa tem que tomar. Ele disse que só dava o banho em homens e as mulheres tomavam sozinhas, em crianças e adolescentes ele negou e quando fez elas estavam acompanhadas. O modus operandi dele era esse, falava que era espírita e que fazia esse banho e, na hora do banho, ele abusou da vítima porque por enquanto a gente só tem a informação de uma”, concluiu.

A menina fez exame de corpo de delito, mas o delegado preferiu não dar mais detalhes para não expor a vítima. A polícia investiga para saber se há outras vítimas.