Mariana Montenegro afirma que prestou queixa contra o ex-namorado, David Augusto Pinheiro, de 30 anos, após ser agredida nessa segunda-feira (18), em Rio Branco. Vítima diz também que pediu medida protetiva também contra o ex
A artesã Mariana Montenegro, de 35 anos, pegou dois pontos no nariz e ficou com vários hematomas no rosto após ser agredida a socos pelo ex-namorado, o rapper David Augusto Pinheiro, de 30 anos, quando ia buscar o filho de 6 anos na casa da mãe dela, no bairro Bosque, em Rio Branco.
As agressões, conforme a vítima, foram praticadas porque rapper não aceita o fim do relacionamento de 1 ano e 6 meses. Há cerca de uma semana, Mariana resolveu colocar um ponto final no namoro por conta, segundo ela, de agressões verbais e físicas e brigas.
O g1 entrou em contato com a família do rapper e foi informado que ele não vai se posicionar sobre o caso.
Ela disse que já tinha perdoado alguns comportamentos do ex-namorado, os dois voltaram e tentaram novamente. Inconformada com o relacionamento, Mariana conta que resolveu terminar com o rapper há uma semana, os dois conversaram e cada um decidiu seguir sua vida. Segundo Mariana, não houve brigas e nem discussões no final do namoro.
“Estava na minha casa, seis horas da manhã, meu filho tinha dormido na casa da minha mãe e estava saindo para buscá-lo para levá-lo para escola. Quando ia saindo, ele [ex-namorado] estava no portão me chamando, pedindo para conversar. Falei que não queria e nem podia conversar. Ele falou que tinha inscrito algo pra mim e queria entregar, pediu uma roupa dele que estava na minha casa, peguei e devolvi, mas ele não foi embora”, relembrou.
Mariana diz também que o rapper insistia em conversar, então, ela chamou ele para ir caminhando até a casa da mãe dela, que ficava próximo. Durante o trajeto, a vítima conta que ex-namorado não estava alterado, mas depois mudou o comportamento e ficou agressivo.
“Ele ficou perguntando algumas coisas, mas eu não estava muito interessada em ter essa conversa com ele, falei que o que tinha para falar já tinha dito. Questionou que eu estava andando nos mesmos lugares que ele, que era pra provocar. Disse que não, que a gente tem amigos em comum e não era porque tinha terminado o relacionamento que não iria viver minha vida normalmente”, explicou.
Agressões
Após alguns minutos de caminhada, Mariana relembra que o rapper começou a parar bruscamente em sua frente, tentando atrasá-la. Quando estava próximo da casa da mãe, Mariana diz que o ex apertou um dos braços dela e começou a desferir socos em seu rosto.
“Ele disse que não estava sendo idiota comigo, mas que agora seria. Começou a bater no meu rosto, comecei a chorar, foi do nada, não estava esperando, não teve discussão. Só queria caminhar rápido e chegar na casa da minha mãe, não queria trocar ideia com ele. Não teve briga, teve um súbito ataque, bateu muito no meu rosto, sangrou muito, não sei quantas vezes bateu. Meu nariz, minha boca, meu rosto estão muito machucados”, lamentou.
A vítima contou que, em certo momento, achou que iria desmaiar. Ainda segundo a vítima, ela precisou suplicar para não morrer. “Sangrei muito, achei que ia morrer naquele lugar e pedi pra ele ligar para minha mãe. Falei: ‘vou morrer, preciso cuidar dos meus filhos, liga para minha mãe’. Ele ligou e me colocou para falar com ela”, falou.
Após a ligação, um carro parou próximo à Mariana e o motorista perguntou se ela precisava de ajuda. Nesse momento, o rapper teria saído correndo e fugiu. Ela entrou no carro e pediu para ser levada para a casa da mãe.
Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Proteção à Mulher (Deam). Ainda na segunda, ela pediu uma medida protetiva contra o ex-namorado. Com medo de ficar sozinha em casa, Mariana se mudou para outro local com os filhos.
A reportagem entrou em contato com a Deam e aguarda retorno.
“Fui direto para o pronto atendimento, fiz um raio-X, meu nariz não quebrou e quando sai de lá fui para Delegacia da Mulher fazer a denúncia, fiz exames no IML. Chegamos a chamar uma viatura que estava próxima da casa dele, mas falaram que ele não podia ser preso em flagrante. Agora é com o juiz”, concluiu.