Florisvaldo Ribeiro dos Santos, de 49 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (1º) em Rio Branco. Ele é suspeito de atropelar e matar Natasha Caroline Souza Gomes, 25 anos, e o filho dela, Isaac Gomes Cavalcante, de 8, em fevereiro deste ano na curva do Itucumã, bairro Santa Maria
Após quase cinco meses foragido, o caminhoneiro Florisvaldo Ribeiro dos Santos, de 49 anos, foi preso pelas equipes do Núcleo de Capturas (Necap) na manhã desta segunda-feira (1º) em casa, em Rio Branco. O motorista atropelou e matou Natasha Caroline Souza Gomes, 25 anos, e o filho dela, Isaac Gomes Cavalcante, de 8, em fevereiro deste ano na curva do Itucumã, bairro Santa Maria.
A Polícia Civil não específicou se Florisvaldo dos Santos estava na casa dele, no bairro Mocinha Magalhães, no momento da prisão. Ainda segundo a polícia, o motorista não resistiu à prisão e foi levado para uma delegacia da capital acreana.
O condutor estava bêbado no momento do acidente. Uma câmera de segurança, instalada em um posto de combustíveis conseguiu flagrar o momento em que o motorista do caminhão-baú perdeu o controle do veículo e atingiu mãe e filho.
Natasha Caroline morreu na sala de emergência do pronto-socorro da capital quando a equipe tentava estabilizá-la. Já a criança morreu ainda no local do acidente. Os dois estavam em uma parada de ônibus quando o caminhão, conduzido por Florisvaldo dos Santos, invadiu a contramão e atingiu a estrutura.
Em depoimento à polícia, o condutor disse que trafegava pela rodovia AC-40, sentido Senador Guiomard, quando uma moto entrou na frente dele. Ele teria freado para evitar a colisão e desviou para pista contrária, entrando na contramão da via, atingindo as vítimas.
Com o teste do bafômetro positivo, Florisvaldo foi preso em flagrante e levado para uma delegacia. Contudo, em durante audiência de custódia, o motorista recebeu liberdade provisória. No dia seguinte, dia 5 de fevereiro, a Justiça do Acre acolheu um recurso em sentido estrito do Ministério Público do Acre (MP-AC) contra a decisão interlocutória e determinou a prisão do motorista.
Na época, o advogado do condutor, Raphael Moura, disse que iria recorrer da decisão por, segundo ele, ‘não haver pressupostos processuais que o mantenha preso’. Ainda segundo a defesa, o motorista bebeu no dia anterior ao acidente e ‘não possuía sinais que embriaguez, tanto que não se recusou a fazer o teste do bafômetro’.
A defesa teve os recursos negados pela Justiça, e a prisão preventiva do suspeito foi mantida.
Empresa arcou com custos
Na época do acidente, o advogado afirmou que a empresa proprietária do caminhão pagou as despesas fúnebres e lamenta a morte das vítimas. A defesa alega que o motorista tem um filho que necessita de cuidados especiais e precisa do pai.
“Entendemos o papel do Ministério Público, mas estamos falando de um pai de família também que possui um filho com necessidades especiais que precisa de seus cuidados e estando preso isso seria quase impossível. Florisvaldo também está em trauma com tudo que ocorreu e está sofrendo com perda que a família sofreu”, argumentou.