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Polícia

Motociclista morre após colisão com caminhonete em rodovia no interior do AC; veículos incendiaram

Motociclista morre após colisão com caminhonete em rodovia no interior do AC; veículos incendiaram

Cleudo Lopes do Nascimento percorria a rodovia AC-10, em Porto Acre, e morreu ainda no local do impacto. Condutor permaneceu no local e fez teste de bafômetro, que, segundo o Copom, não atestou consumo de bebida alcoólica. Família questiona, e diz que testemunhas informaram que o motorista estava embriagado

O motociclista Cleudo Lopes do Nascimento morreu após colidir com uma caminhonete na rodovia AC-10, conhecida como Estrada de Porto Acre, na noite dessa sexta-feira (20). O impacto causou uma explosão e incêndio na rodovia. Nascimento morreu ainda no local.

Conforme o Centro de Operações Policiais Militares (Copom), o condutor da caminhonete permaneceu no local e fez teste de bafômetro, que não atestou consumo de bebida alcoólica. Ele relatou á Polícia Militar que seguia no sentido Porto Acre/Rio Branco, e que o motociclista entrou na contramão. O condutor não se feriu, e foi levado a uma delegacia.

Por conta da colisão, a caminhonete arrastou a motocicleta por alguns metros, e os dois veículos incendiaram. A PM acionou o Corpo de Bombeiros, que conteve as chamas. Imagens feitas por moradores da região mostram a intensidade do incêndio provocado pelo acidente.

Uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel em Urgência (Samu) foi acionada, mas apenas constatou a morte do motociclista. O local foi isolado para perícia, e o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) em Rio Branco.

À Rede Amazônica, a família de Nascimento informou que ele era autônomo, e trabalhava como carpinteiro, pedreiro e instalação de antenas, e deixa quatro filhos. No momento do acidente, ele voltava de um serviço na Vila do Incra. Segundo o IML, a causa da morte foi politraumatismo.

“Era uma pessoa muito boa, não fazia mal a ninguém, era de casa para o trabalho. Era aquele amigo que a gente tinha, e agora perdemos. Vai ficar marcado para sempre, era uma pessoa muito animada, a gente brincava muito, ligava, mandava mensagem. Era um cara animado no dia-a-dia, não tinha tempo ruim para ele. Era uma vida que a gente perdeu de forma trágica, e vamos batalhar para que não fique no esquecimento, porque é uma vida que poderia ser de outra pessoa”, declarou Francisco Martins, parente de Nascimento.

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A família também questiona a informação de que o condutor teria feito teste do bafômetro, e diz ainda que testemunhas informaram que o motorista estava visivelmente embriagado. Conforme Martins, policiais que atendiam a ocorrência informaram que não poderiam fazer bafômetro pois não eram do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran). O BPTran confirmou ao g1 que não fez parte desse atendimento.

“Quando a gente chegou ao local, questionamos o policial, e ele disse que não trabalhava na policia de transito, e não poderia fazer o teste do bafômetro. Quem tinha que fazer o teste de bafômetro era a policia de transito, e eles estavam lá para preservar a cena para a pericia. A gente tentou entrar em contato para fazerem o teste nele, a gente chegou la, o condutor ja nao estava. Populares falaram que ele estava bebendo, mas não temos prova, não podemos falar nada, temos que ir atrás dos direitos, que é o exame. A única coisa que pode dizer se ele estava certo ou errado, é o exame. Agora, queremos que a justiça seja feita, para que não seja mais uma vítima”, ressalta.