Com suspeita inicial de morte após assalto, caso começou a ser investigado pela Decore. No entanto, delegacia descartou latrocínio e disse que apuração vai passar para DHPP
A Polícia Civil descartou que o jovem Carlos Antônio Coutinho de Souza, de 20 anos, tenha sido vítima de latrocínio. Ele morreu depois de levar uma facada no pescoço na última terça-feira (30), no bairro Vila Acre, na Via Chico Mendes, região do Segundo Distrito de Rio Branco. O jovem era gamer e influenciador conhecido no jogo eletrônico Free Fire.
A suspeita inicial era de que o rapaz tinha sido vítima de um latrocínio. Isso porque a informação era que ele tinha tido a bicicleta roubado no ataque. Tanto que o caso passou a ser investigado pela Delegacia Especializada de Combate a Roubos e Extorsões (Decore).
Mas, conforme a Polícia Civil, um levantamento feito pela Decore apontou que nada foi roubado do rapaz e que, portanto, não houve crime relacionado a latrocínio. O caso então passa a ser investigado como homicídio e o inquérito vai ser remetido à Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Duas pessoas foram ouvidas nas investigações.
Populares informaram à Polícia Militar que o rapaz chegou correndo e todo ensanguentado em uma distribuidora relatando que tinha sido atacado. Ele informou ainda que deixou sua bicicleta jogada na rua e correu para tentar socorro.
Por conta do ferimento, o jovem não conseguiu contar em detalhes o que aconteceu durante o assalto. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, prestou os primeiros socorros e levou Souza para o PS da capital
Segundo a equipe de saúde, o corte no pescoço atingiu grandes vasos e ele estava com muito sangramento. O rapaz não resistiu e morreu no centro cirúrgico do hospital.
A equipe do 2º Batalhão da Polícia Militar chegou a fazer buscas na região, mas não conseguiu localizar nem a bicicleta e nem suspeitos do crime.
Grupos de Free Fire lamentaram morte
Vários grupos de Free Fire lamentaram a morte do rapaz, que era conhecido no jogo eletrônico como “Six Faczin”. A equipe que ele fazia parte “Six Eight” declarou, em nota divulgada na página oficial do Instagram, sete dias de paralisação nas atividades por conta do ocorrido.
Também em nota publicada no dia da morte, a equipe chegou a dizer que o rapaz Souza foi vítima de latrocínio enquanto voltava do trabalho. O g1 não conseguiu contato com a família do jovem.
Ainda segundo o grupo, o jovem tinha uma apresentação do jogo marcada para o final de dezembro e estava ansioso e que tinha vários sonhos. “Ele amava tanto essa organização que não tirava a camisa nem no trabalho.”