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Polícia

Jovem sem CNH que atropelou e matou dentista no Acre é solta após pagar R$ 2,2 mil de fiança

Gabrielly Lima Mourão foi autuada em flagrante pelo crime de homicídio culposo e na audiência de custódia foi liberada após pagar fiança. Acidente ocorreu na noite de quarta-feira (29) na Estrada da Floresta

A jovem Gabrielly Lima Mourão, de 19 anos, presa em flagrante por atropelar e matar a dentista Maria Josilayne Ferreira Duarte, de 24 anos, na última quarta-feira (29), em Rio Branco, foi solta após passar por audiência de custódia e pagar R$ 2,2 mil de fiança.

O grave acidente ocorreu na Estrada da Floresta por volta de 22h. Segundo a polícia, o carro conduzido por Gabrielly perdeu o controle, bateu contra a mureta que divide as duas pistas, capotou e bateu de frente contra a motociclista que seguia no sentido contrário. A jovem Maria Josilayne morreu no local antes mesmo de receber atendimento.

O g1 tentou contato com o noivo da vítima e com o pai da jovem presa pelo crime, mas não obteve resposta até última atualização desta reportagem. A defesa informou também que não vai se posicionar sobre o assunto.

Gabrielly não tinha carteira de habilitação e foi autuada pelo crime de homicídio culposo – quando não há intenção de matar. Ela chegou a ser levada ao Pronto-socorro de Rio Branco se queixando de dores e recebeu alta médica após passar por especialistas. Ainda no hospital, a Polícia Civil fez o interrogatório da jovem, que preferiu ficar em silêncio.

acidente fatal arquivo pessoal webMaria Josilayne, à esquerda, morreu no acidente e Gabrielly Lima Mourão, à direita, foi solta um dia depois — Foto: Arquivo pessoal

Jovem pediu para trocar de roupa no fórum

Conforme relatório informativo das condições sociais e pessoais, Gabrielly contou que mora com os pais e que não trabalha atualmente. Ela informou que tem feito consulta com psicólogo particular para depressão e que, às vezes, toma remédio natural para auxiliar na ansiedade.

No Fórum Criminal, ela disse que queria trocar de roupa, mas, segundo relatório, a jovem não aceitou as peças que são fornecidas pelo Atendimento à Pessoa Custodiada (Apec). O advogado particular dela então providenciou junto à família uma roupa e a medicação que tinha sido receita para ela no PS para dor.

Na audiência de custódia, após manifestação favorável do Ministério Público, a Justiça concedeu a liberdade provisória à jovem, com pagamento de fiança no valor de dois salários mínimos e cumprimento de medidas cautelares.

Entre as medidas cautelares que devem ser cumpridas por Gabrielly estão o comparecimento semanal à central integrada de alternativas penais e a proibição de dirigir veiculo automotor.