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Polícia

Jovem morto por policial penal em bar tinha ido à Expoacre comemorar o aniversário, diz namorada

Jovem morto por policial penal em bar tinha ido à Expoacre comemorar o aniversário, diz namorada

Policial penal foi solto em audiência de custódia. Wesley tinha completado 20 anos no dia 5 de agosto, dois dias antes do crime na feira agropecuária

O jovem Wesley Santos da Silva, de 20 anos, que morreu após ser atingido por um tiro disparado pelo policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva, estava na Expoacre comemorando o aniversário que tinha sido no dia 5 de agosto, dois dias antes do crime. A informação consta no depoimento da namorada dele, que também foi ferida com vários disparos.

Rita de Cássia, de 18 anos, conta que ela, o namorado e os amigos foram à feira de agronegócios no domingo (6), último dia de Expoacre, porque Wesley tinha feito aniversário no último sábado (5) e queria comemorar. O crime aconteceu na madrugada de segunda-feira (7) na saída de um bar dentro da Expoacre.

A Polícia Militar (PM-AC) informou que uma equipe tinha ido ao bar para finalizar a festa que ocorria no estabelecimento porque já havia ultrapassado o horário de funcionamento. Foi quando, na saída das pessoas, ouviu-se os disparos e se formou um tumulto. Segundo a PM, quando os policiais chegaram ao local, Wesley e Rita já estavam no chão baleados.

O policial penal, que estava com o tio dele, foram contidos por populares e quase linchados, segundo a PM.

Testemunhas e o chefe da segurança do bar informaram que o policial penal tinha sido retirado do estabelecimento porque se envolveu em uma confusão com Rita de Cássia. Ela o agrediu dizendo que ele deu em cima dela.

Importunação

Ainda no hospital, Rita de Cássia deu seu depoimento à polícia. A versão dela é que Raimundo Nonato estava muito bêbado e estava se jogando em cima de mulheres e passando a mão. “Contou que Wesley e o tio estavam bêbados e ficavam se jogando em cima das mulheres, tentando se esbarrar para que eles ficassem se esfregando. Em um momento, ele tentou se esfregar nela e se jogou e ela conta que o empurrou”, disse.

Mesmo após o empurrão, Rita conta que o policial continuou a importunando e foi aí que ela o agrediu pela primeira vez. ”Na segunda vez que ele se jogou, dei um tapa nele. Quando ele foi retirado outra mulher desconhecida que estava na festa disse que ele tinha feito a mesma coisa”, relata o depoimento.

Já do lado de fora, após a PM encerrar a festa, o casal se encontrou novamente com o policial penal e o irmão dele. Segundo a vítima, dos dois começaram a instigar novamente mais uma briga e ela mais uma vez agrediu Raimundo Nonato. Rita conta que neste momento Wesley também interferiu e foi quando o irmão alertou que os dois “levariam tiro.”