Agressões ocorreram em agosto e teriam ocorrido por ciúmes. Quase um mês depois, Rebekca Ripardo conta com ajuda das pessoas para custear o tratamento. Vizinha nega
A dona de casa Rebekca Ripardo, de 26 anos, diz que corre risco de perder a visão do olho esquerdo após ser agredida por uma vizinha do apartamento, onde morava no Bairro Conquista, em Rio Branco. As agressões teriam ocorrido por causa de ciúmes do companheiro da agressora.
O caso ocorreu no dia 13 de agosto e quase um mês depois, Rebekca diz que está sem poder trabalhar e conta com ajuda de pessoas para se manter e custear os medicamentos e tratamento. Sobre as agressões, ela disse que foram vários socos que recebeu e não conseguiu ter reação.
“Me ameaçou enquanto me batia, deu socos. O primeiro murro que ela deu, quebrou a lente do meu olho e cortou minha córnea e fiquei na mesma hora cega. Então, fiquei desnorteada, ela me pegou de surpresa, sangrei muito, arrancou meus cabelos, muita raiva. Foi uma situação bem traumática, ela me enforcou e foi por Deus que consegui dar um chute nela pra sair de cima de mim”, relembrou.
A jovem disse que precisou mudar de apartamento depois das agressões e ameaças de morte. Além disso, ela informou que fez um boletim de ocorrência na delegacia da 4ª Regional em Rio Branco e aguarda por uma audiência sobre o caso.
O G1 tentou ouvir a polícia sobre o caso, mas foi informado que devido ao ponto facultativo desta segunda-feira (6) e o feriado da Independência, na terça-feira (7), os atendimentos ocorrem apenas em regime de plantão.
A outra envolvida no caso, pediu para não ter o nome divulgado, negou que tenha começado as agressões e que apenas reagiu às investidas de Rebekca que estava bebendo.
“Ela me agrediu primeiro e eu só revidei com o soco. Para começar ela estava bebendo já há dois dias. Ela me chamou para conversar e como ela já estava muito alterada, me empurrou e eu revidei, como ela usa óculos então cortou. Ela não sabe beber quieta, tem que ficar soltando piada, fazendo da vida dos outros um inferno. Ela está mentindo [sobre o possível ciúme]. Acho que quem estava com ciúmes era ela que não sabe beber”, se defendeu.
Agressão
Rebekca disse que no dia das agressões, a vizinha chegou na casa dela e apresentava querer apenas conversar de forma pacífica, mas, de repente foi surpreendida com um murro no olho. Ela ressaltou ainda que as duas tinham uma convivência normal e pacífica e que durante a conversa é que a mulher citou o print, sinalizando que a queixa dela seria por ciúmes.
“Era um convívio até tranquilo e já tinha algumas semanas que ela tinha dito que queria conversar sobre uma situação que não estava gostando, quando foi no dia 13 de agosto, ela estava me olhando feio e mandei uma mensagem perguntando se tava acontecendo algo que era para a gente conversar e ela apareceu na minha janela”, relembrou.
Depois disso, a vizinha entrou para que elas pudessem conversar, mas de repente a vizinha mudou o comportamento e iniciou as agressões.
“Veio conversar e parecia ser só isso mesmo. Sentou na minha cama, sentei do lado e começamos a conversar e perguntei o que estava acontecendo e ela disse que tinha print de umas conversas, que na verdade ela nunca mostrou, e perguntou porque eu estava querendo o marido dela e me deu um soco no rosto e partiu para agressão”, contou.
A vítima ainda ressalta que sofreu ameaças de morte e que a agressora afirmou que daria um tiro nela se chamasse a polícia.
Agora, Rebecka que foi acolhida na casa de amigos, se recupera da lesão e está em processo de mudança e ressalta que a ajuda recebida tem sido como está se mantendo. “Vamos ter uma feijoada beneficente para custear o tratamento e estou vivendo de ajuda das pessoas, familiares, amigos e até desconhecidos.