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Polícia

Iapen mantém visitas suspensas em pavilhões com suposta greve de fome no AC

Alguns pavilhões do FOC, Antônio Amaro e Unidade Feminina não vão receber visitas nesta quarta-feira (4)

O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) decidiu manter suspensas as visitas nos pavilhões onde os presos anunciaram greve de fome. Os detentos são do Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde (FOC), Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro e Unidade de Regime Fechado Feminina, em Rio Branco.

Nas demais unidades prisionais e pavilhões a visita segue normalmente.

Os detentos começaram a rejeitar os alimentos na segunda-feira (2), no FOC, devido à suspensão das visitas. O movimento se espalhou para o Presídio Antônio Amaro e a Unidade Feminina. Porém, nesta terça (3), policiais penais encontraram grande quantidade de comida armazenada dentro das celas.

Além de garrafas pet com farofa, o Iapen-AC informou que foram encontrados outros alimentos como pão, iogurte, bolacha, refrigerante, torrada, doce de leite e suco estocados pelos detentos.

As visitas foram suspensas no último fim de semana, após bilhetes com planos de uma fuga em massa serem achados nas celas. Os detentos planejavam outra fuga semelhante a que houve no dia 20 de janeiro, quando 26 presos fugiram do pavilhão l do FOC. Destes, 14 foram recapturados e 12 segue livres.

Pavilhões em greve

O instituto destacou que suspendeu as visitas nos pavilhões: B, D, E, O E P do FOC. No Antônio Amaro, presos dos pavilhões 2 e 4 não vão receber visitas. Na Unidade Feminina apenas as detentas do pavilhão Alamanda ficam sem visitas.

protesto foc webParentes de presos protestaram novamente nesta terça (3) em frente do FOC — Foto: Arquivo pessoal

Protesto

Familiares dos presos voltaram a protestar nesta terça (3) contra a suspensão das visitas. Desta vez, o ato ocorreu em frente do FOC, e terminou por volta das 19h30.

“Tem preso passando mal, desmaiando, estamos ouvindo eles batendo panelas, nas grades e gritando. Está um desespero. Os agentes disseram que não tem operação, mas quem está aqui fora viu que entraram duas viaturas, ouvimos gritos. Estamos preocupadas, só queremos uma solução. Ameaçaram a gente”, disse Jéssica Barreto.

Na segunda, mulheres, mães e outros familiares de presos exigiram a volta de alguns direitos e fizeram a manifestação para chamar atenção do governo. O Batalhão de Trânsito esteve nos pontos de protestos para tentar garantir a fluidez do tráfego, que ficou lento.