Segundo a Polícia Civil, ele é de Cruzeiro do Sul e estava na lista da Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) por chefiar uma facção criminosa no estado
Um homem identificado como Bruno de Souza Costa, de 32 anos, foi preso na última segunda-feira (28) no Peru, país vizinho, após investigações da Polícia Civil. Segundo o órgão policial, ele, que é de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, estava na lista da Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) por chefiar uma facção criminosa no estado.
A prisão dele foi resultado de uma cooperação entre as autoridades brasileiras e a Polícia Nacional do Peru que fez o cerco e o prendeu. As investigações em torno do paradeiro do homem foram conduzidas pelo Núcleo Especializado de Investigação Criminal (Neic).
“A inclusão do nome do criminoso no sistema foi fundamental para viabilizar a atuação das autoridades peruanas, que localizaram e detiveram o foragido em território estrangeiro”, disse o órgão.
As informações divulgadas pela polícia detalham ainda que ele coordenava a estrutura criminosa local, incluindo a execução de rivais, além de sequestros, tráfico de drogas e de armas.
“O criminoso é investigado por envolvimento direto em uma série de assassinatos com requintes de crueldade, além de ordenar punições físicas e execuções de membros considerados ‘infratores’ pelas regras da facção. As provas reunidas até o momento demonstram o seu papel de comando e a influência que mantinha sobre os demais integrantes, mesmo do exterior”, complementou.
Denúncia do MP
O g1 apurou que já foi iniciado o processo de extradição do criminoso ao Brasil, junto aos órgãos policiais. Ele também já foi denunciado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC), em 2019, por envolvimento com tráfico de drogas na região de Cruzeiro do Sul.
O processo, registrado na 1ª Vara Criminal de Rio Branco, mostra ainda que atuava entre os estados do Amazonas, Acre e Rondônia.
Segundo a denúncia, o acusado era um dos responsáveis por comandar o envio de grandes quantidades de drogas da cidade de Tabatinga (AM) até a capital acreana. As substâncias eram transportadas via fluvial ou rodoviária e, posteriormente, distribuídas no estado ou levadas até Porto Velho (RO).
A investigação foi conduzida com apoio de quebra de sigilo telefônico e telemático, além de diligências da Polícia Civil. O nome dele surgiu em comunicações diretas com outros membros da organização.
O homem responde pelos crimes de:
- Tráfico de drogas interestadual e interestatal;
- Associação para o tráfico; e
- Organização criminosa armada.