Preso chegou a reclamar de dores no peito para policiais militares e foi levado para UPA antes de ir para a delegacia. Na Defla, ele foi ouvido, assinou TCO e, já liberado, morreu no banheiro da recepção
Valber Olimpio da Costa, de 24 anos, morreu dentro do banheiro da Delegacia de Flagrantes de Rio Branco (Defla), nessa sexta-feira (18). Ele tinha sido preso pela Polícia Militar do Acre por resistência e desobediência e, após ser ouvido e liberado, foi ao banheiro da recepção do local e caiu já desacordado.
Conforme a PM-AC, uma equipe de militares fazia patrulhamento no bairro Taquari, no Segundo Distrito de Rio Branco, quando viram o homem caminhando e, ao perceber a aproximação da viatura, ele começou a correr e largou uma mochila no caminho.
Foi feito o acompanhamento dele a pé e os policiais viram quando ele tirou uma arma de fogo da cintura, correu para as margens do rio e mergulhou. Ainda segundo a PM-AC, depois disso, o Costa foi capturado e informou que tinha jogado a arma no rio.
Já com os militares, ele reclamou de dores no peito e informou que tinha usado cocaína. Conforme a PM-AC, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e o suspeito foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito, onde recebeu atendimento médico.
Após a liberação da unidade de saúde, ele foi conduzido para a Defla por resistência e desobediência. Ao g1, o delegado Pedro Paulo Buzolin informou que Costa assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por desobediência e ele foi liberado.
“Depois de ser liberado, ele ficou pela frente da delegacia, entrou para usar o banheiro e faleceu lá dentro. O Samu foi até lá e constatou o óbito. O corpo foi encaminhado para o IML e deve sair um laudo com a confirmação da causa da morte. Como a morte aconteceu dentro do prédio da delegacia, a gente vai abrir procedimento [na Corregedoria] para não deixar qualquer dúvida. Mas, a princípio não tem nenhuma infração administrativa nem criminal. Foi uma morte natural ocorrida dentro de prédio público”, disse o delegado.