Operação Catarse, da Polícia Federal, prendeu quatro pessoas em diferentes estados e investiga atuação de falsos profissionais. Ufac afirma que colabora com as apurações, mas não informou quantos teriam sido os falsos diplomas encontrados
A quadrilha que falsificava documentos de faculdades de medicina para obter registros e vendê-los para falsos médicos, investigada pela Polícia Federal na Operação Catarse, utilizou a logomarca e o nome da Universidade Federal do Acre (Ufac) em documentos descobertos pela investigação. A informação foi confirmada pela Ufac, sem informar, porém, quantos teriam sido os diplomas.
Por meio de nota, a instituição informou que sempre que é procurada para avaliação de diplomas, faz a checagem dos dados e indica eventuais inconsistências. Além disso, a Ufac afirma que esse tipo de operação é recorrente.
“A Ufac, por meio do Núcleo de Registro e Controle Acadêmico (Nurca), informa que sempre que procurado pelos conselhos regionais de medicina, bem como pela Polícia Federal (PF), para avaliação de diplomas, faz a checagem dos dados e indica as inconsistências. E todos os diplomas irregulares são identificados. E esse tipo de cooperação é corrente”, diz o texto.
Conforme mostrou o Fantástico, da TV Globo, na edição desse domingo (2), pelo menos 65 registros foram obtidos junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) com documentos falsos. (Veja no vídeo abaixo)
Falsificação
Os suspeitos criavam os documentos falsos muito parecidos com os originais. Usavam papel de qualidade e reproduziam o logotipo de universidades. Na maioria das vezes, os dados eram da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), mas a Ufac confirmou que há falsos diplomas com o nome da instituição.
Nessa fase da operação, não foram investigados falsos médicos no Acre. Ainda segundo a PF, a investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da PF no RJ, teve início em abril de 2022 com a prisão em flagrante de duas pessoas na sede do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, quando tentavam obter registros profissionais de médicos com documentos falsificados de graduação em medicina.