Três homems foram presos e um menor apreendido no bairro Seis de Agosto, nesta quinta-feira (27), com armas e munições
Horas após o fim da rebelião no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, nesta quinta-feira (27), que terminou com cinco mortos, um grupo criminoso foi preso no bairro Seis de Agosto, região do Segundo Distrito, com armas e munição que seriam usadas para atacar membros de uma facção rival.
Segundo a Polícia Militar (PM-AC), os suspeitos iriam atacar rivais em retaliação pelas mortes no presídio. Uma das suspeitas para é de que a rebelião teria sido causada por um grupo criminoso que queria demonstrar poder.
A ação teria sido orquestrada para que esse grupo pudesse matar membros da facção rival. Porém, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) informou com coletiva após a rendição dos detentos que a situação ainda é investigada.
O Centro de Operações Policiais Militares (Copom) informou que quatro homens foram vistos em atitude suspeita dentro de um carro vermelho. Um dos investigados usava tornozeleira eletrônica e tinha cortado o equipamento minutos antes.
Uma equipe da PM-AC foi para o local e conseguiu fazer a abordagem. Um dos ocupantes do veículo era menor de idade.
Com eles, a polícia diz ter encontrado, embaixo do tapete do banco traseiro do carro, uma arma de fabricação caseira calibre 28, embaixo do banco do passageiro acharam outra arma de fabricação caseira calibre 38, munições e um terceiro revólver escondido na roupa de um dos suspeitos.
O grupo foi levado para a Delegacia de Flagrantes de Rio Branco (Defla).
Rebelião
A rebelião, segundo o gabinete de crise, começou por volta das 9h30 (horário do Acre). Segundo informações do gabinete de crise, os presos renderam policiais penais e tiveram acesso às armas que foram usadas para tomar o presídio. Foram mais de 24 horas de rebelião e mais de 16 horas de negociação.
Um policial penal do Grupo Penitenciário de Operações Especiais (GPOE) foi atingido no início da ação, com um tiro de raspão na região ocular. E outro foi pego como refém e permaneceu na mira dos presos até o fim da rebelião.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, colocou equipes à disposição para apoiar o governo do Acre. “Em face de crise no sistema penitenciário estadual do Acre, falei com o governador Gladson Cameli e coloquei nossa equipe à disposição para auxiliar no que for cabível”, disse o ministro.
Sobre o presídio
O presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves existe há 15 anos e tem, ao todo, 99 presos. Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen-AC). Os tipos de presos são aqueles que exercem poder de liderança nos grupos criminosos que fazem parte. Os grupos criminosos são separados por pavilhões.