Nesses perfis, eles divulgam ofertas convidativas e disponibilizam um link para acesso do usuário
O avanço da vacinação contra o coronavírus e a flexibilização das normas de isolamento social possibilitaram a retomada do turismo neste ano. E o aumento da procura por hospedagens chamou atenção de bandidos. Na internet, grupos criminosos têm criado perfis falsos nas redes sociais com imagens de hotéis e pousadas, nos pontos mais desejados pelos viajantes, para aplicarem golpes.
Nesses perfis, eles divulgam ofertas convidativas e disponiblizam um link para acesso do usuário. Mas quando o cidadão clica, seu dispositivo é infectado por um vírus. A função dele é roubar dados, como senhas bancárias, salvas no celular, tablet ou computador.
Por isso, Francisco Rezende, CEO da Agência Vírgula, passa dicas de como identificar promoções fraudulentas:
“O primeiro passo que precisamos dar é certificarmos que estamos nas redes oficiais desses hotéis ou pousadas. Desconfie de perfis que possuem pouquíssimos seguidores e não geram interação com o público. Evite também clicar em qualquer link de anúncio, principalmente quando o valor é muito inferior ao tradicional. O mais seguro é entrar em contato direto com o estabelecimento e confirmar que se trata de uma promoção real”, explica.
A confirmação deve ser feita através de um telefone ou e-mail obtido de um meio confiável, como por exemplo, o site ou panfleto do local e comprovada a fraude, o consumidor deve denunciar o perfil falso ao suporte da plataforma em que ele está hospedado. Mas se caiu no golpe:
“A orientação é procurar a polícia para tentar identificar o dono do perfil falso e desta forma responsabilizá-lo - ou seu grupo - pelos crimes e danos sofridos, embora, devido à políticas de privacidades, entraves burocráticos e cuidados que essas quadrilhas possuem, é muito difícil se obter a localização ou identidade exata de quem está por trás desses perfis. Em alguns casos, também é possível, através da via judicial, solicitar o ressarcimento do prejuízo para as plataformas onde o golpe ocorreu”, pontua Francisco.
Ele ainda recomenda aos estabelecimentos verdadeiros que tiverem suas informações replicadas em uma mídia falsa:
“Para os estabelecimentos é fundamental a realização de um registro de ocorrência e o contato com o suporte das redes envolvidas, relatando o fato e enviando o registro de ocorrência, comprovando a veracidade das informações e escapando da responsabilização em casos de processos. Além disso, é fundamental a comunicação constante sobre a possibilidade desse tipo de golpe, como ele funciona e orientações para que o cliente não caia.”