Um jovem de 17 anos teve vários hematomas após ser espancado no fim de semana em Cruzeiro do Sul.
O pai do menor, Edercarlos Souza, de 42 anos, afirma que seu filho estava caminhando com um amigo perto de sua casa, quando foi abordado por uma equipe da PM.
Neste momento, os dois foram submetidos a uma revista pessoal e, pelo menos, 15 minutos de agressões, segundo a denúncia. As agressões teriam começado com pauladas e chicotadas que deixaram marcas nas costas dos dois jovens.
O G1 tentou ouvir a PM sobre as acusações, mas foi informado, pelo assessor de comunicação, Robson Belo, que o comandante está tomando conhecimento do caso e vai se posicionar apenas na segunda-feira (8).
“Eles [policiais] mandaram eles deitarem no chão e saíram rastejando por baixo da viatura. Depois disso, começaram a espancar eles dois. Bateram neles por uns 15 minutos com pedaços de madeira e uma espécie de cordão. Só depois do espancamento, pegaram o nome deles e viram que não tinham passagem pela polícia e liberaram”, disse Souza.
O pai conta ainda que os jovens afirmaram que um policial teria os ameaçado, caso denunciassem a equipe.
“Teve um que falou que, se quisesse dar parte, podia dar, mas eles iam entra na minha casa e sabe Deus o que ia acontecer com ele. Mas, fui na delegacia e depois disso eles já vieram aqui, buzinaram na frente e meu filho olhou pela janela e saiu por trás, eles rodearam a casa e foram embora. Nesse dia, eles vieram mais de uma vez”, conta o pai.
Souza afirma que seu filho nunca teve envolvimento com crimes e disse que o filho está traumatizado e com medo até de ir para a escola.
“Meu menino passou a semana inteira sem ir para a aula, foi ontem [quinta, 4] porque fui deixar ele. Queria que as autoridades tomassem providências para que eles parassem de, pelo menos, rondar a minha casa, porque meu filho não tem passagem pela polícia e não deve nada”, afirma Souza.