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Polícia

Detentos fazem greve de fome em presídio de Rio Branco e exigem alteração em dias de visita

Detentos fazem greve de fome em presídio de Rio Branco e exigem alteração em dias de visita

Familiares de presos do Francisco de Oliveira Conde têm levado essa e outras reivindicações ao Iapen, no que diz respeito a alimentação e saúde. Instituto disse que está estabelecendo diálogo

Detentos do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco, estão em greve de fome desde essa segunda-feira (2), como forma de protesto por várias demandas, como melhorias na alimentação, no atendimento de saúde e para alteração dos dias de visita para o fim de semana.

Ao g1, o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) confirmou que pelo menos 733 presos fazem parte da greve. O Iapen também afirmou que o diálogo está sendo estabelecido com as famílias dos presos, que também têm feito reivindicações ao instituto.

De acordo com o Iapen, as famílias reclamam que a alimentação fornecida aos detentos tem sido inferior ao que eles têm direito, e que a empresa contratada pela entrega dos alimentos foi notificada para que cumpra o que é previsto na licitação, que são 150 gramas de proteína nas refeições.

Sobre reclamações em relação aos atendimentos de saúde, o Iapen reforçou que os detentos seguem recebendo atendimento dentro das unidades, e que quando necessário, são levados para atendimento externo.

“Em busca de aprimorar ainda mais o atendimento de saúde aos apenados, uma reunião foi realizada entre o Iapen e a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do setor de Regulação, responsável pelos agendamentos de consultas, exames e cirurgias no estado. O encontro teve como objetivo alinhar procedimentos para proporcionar um serviço de qualidade à população carcerária, que tem prioridade nas demandas de saúde”, disse o Iapen em matéria publicada no site oficial do governo.

Quanto aos pedidos de alteração nos dias de visita, o Iapen ressaltou que a questão é complexa e que qualquer mudança no calendário precisa ser discutida de maneira prévia para garantir a segurança de policiais penais, famílias e detentos.

“Além disso, o Iapen tem se dedicado a um amplo projeto de reforma no Presídio Antônio Amaro Alves, unidade onde ocorreu a rebelião em julho deste ano. Dos sete pavilhões danificados, três já foram reformados, e os trabalhos continuam”, acrescentou.