Antônio Luan Menezes Viana, 21 anos, morreu e um adolescente de 16 anos levou um tiro no pé na noite desta sexta-feira (20) em Feijó. Ninguém foi preso
Um ataque na noite desta sexta-feira (20) no bairro Esperança, em Feijó, interior do Acre, deixou Antônio Luan Menezes Viana, 21 anos, morto e um adolescente de 16 anos ferido. Segundo a Polícia Militar, as vítimas tomavam tereré com amigos quando um carro parou na rua e elas se aproximaram para ver de quem se tratava.
O grupo, segundo o delegado Ronério Silva, percebeu que um carro ficava passando na rua e, em alguns momentos, parava e ninguém descia do veículo.
“Estava circulando em frente da residência da vítima e parando. Tomaram a iniciativa de ver o que era, quando abaixaram os vidros e atiraram”, disse.
O adolescente levou um tiro no pé e Antônio Luan foi baleado nas costas. Uma pessoa que estava na calçada filmou o ataque e o carro saindo após os disparos.
As imagens mostram quatro rapazes se aproximando do veículo, sendo dois mais a frente, quando ouve-se cerca de quatro disparos, o grupo sai correndo tentando escapar dos disparos, assim como as demais pessoas que estavam na calçada
A rua fica escura e não é possível ver quem estava na direção. A PM-AC informou que não foi possível identificar o carro, mas que era um veículo na cor prata.
Os dois foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levados para o hospital do município. Por conta da gravidade, Antônio Luan foi levado de avião para Cruzeiro do Sul, contudo, morreu durante a madrugada.
A PM-AC afirmou que os dois rapazes que foram atingidos têm envolvimento com grupos criminosos e, por conta disso, reforçou o policiamento em Feijó para evitar possíveis represálias.
Investigação
O caso é investigado pela Polícia Civil. O delegado Silva contou que nenhuma linha de investigação é descartada e que uma equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai para a cidade ajudar nos trabalhos investigativos.
Ainda conforme o delegado, o adolescente que sobreviveu ao ataque contou que os suspeitos são de uma facção criminosa rival. “Já colhemos o depoimento de uma das vítimas e todas as linhas estão sendo investigadas. Todo levantamento está sendo feito, estamos contando com apoio da DHPP da capital, que vai enviar uma equipe para ajudar a gente aqui”, pontuou.
O nome de um policial civil da cidade chegou a ser mencionado como suspeito dos disparos. Contudo, o delegado afirmou que essa informação não foi confirmada.
“Estamos colhendo o depoimento do pessoal do hospital, de uma das vítimas, que menciona que foi uma facção. Não posso passar detalhes para não atrapalhar as investigações”, concluiu.