Argemiro Farias era amigo da família Petecão e morava sozinho na chácara, que fica na BR-364, em Rio Branco
Um corpo em estado de decomposição foi achado dentro da chácara da família do senador Sérgio Petecão e da vereadora Lene Petecão, ambos do PSD-AC. Argemiro de Figueira de Farias, de 73 anos, era amigo da família Petecão e morava há muitos anos na chácara, que fica na BR-364, na saída de Rio Branco.
Vizinhos sentiram falta do idoso e pularam a parte de trás da propriedade e acharam o corpo próximo da piscina. A casa onde Farias vivia estava revirada com todos os móveis e pertences fora do lugar.
A família informou que o senador já soube da situação, mas está no hospital com uma filha que sofreu um acidente.
A Polícia Civil esteve no local para tentar identificar o que houve. O Instituto Médico Legal (IML) recolheu o cadáver e levou para exames para descobrir como Farias foi morto.
O G1 tentou contato com o plantão da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Abalada com a morte do idoso, a vereadora Lene Petecão destacou que Farias era considerado uma pessoa da família, que morava há muito tempo no local desde quando a mãe dela se mudou para a propriedade.
Ele dividia a chácara com um caseiro, que se mudou do local recentemente
“Como ele era sozinho, uma vizinha dava conta dele para gente. Avisava quando precisava de algo e a gente corria lá, levava remédio e outras coisas. Sentiu falta dele e achou hoje [quinta, 25] à tarde”, explicou.
O marido da vereadora esteve na propriedade e disse ter visto ainda manchas de sangue no local. Lene confirmou que o idoso era ativo, não tinha problemas para se locomover e ajudava a cuidar da chácara.
“O Petecão tem uma chácara para lá e quando ia sempre parava para falar com ele. A gente tinha uma relação muito próxima com ele, só que moramos na cidade e ele na chácara, que era a casa da minha mãe. Mesmo depois que a mãe morreu ele ficou lá, não tiramos”, lamentou.
A vereadora acredita que o idoso possa ter sido vítima de latrocínio. Porém, a família ainda não sentiu falta de nenhum pertence da propriedade.
“Meu marido disse que desligaram a geladeira, carne e frango estavam podres. Ele cuidava da criação das galinhas, dos patos. Era um homem bom, de família, educado. Toda semana a gente ligava para saber se estava tudo bem”, concluiu.