Corpos de José Ribamar Feitosa, de 38 anos, e da filha dele Rafaela Feitosa, 9, foram resgatados pelos bombeiros nos rios Purus e Iaco em Sena Madureira
Os corpos de Jose Ribamar Feitosa, de 38 anos, e da filha dele Rafaela Feitosa, 9, foram resgatados pelos bombeiros nos rios Purus e Iaco, em Sena Madureira, interior do Acre. A canoa em que eles estavam afundou na última sexta-feira (23) no Rio Caeté.
José Ribamar Feitosa estava com a família e outras pessoas dentro de uma canoa quando a embarcação naufragou. O naufrágio ocorreu em uma área conhecida como Foz do Caeté e é muito profunda. Os bombeiros foram acionados e iniciaram as buscas logo em seguida.
Segundo populares, José Ribamar conseguiu retirar da água a esposa e uma filha, mas voltou para o rio para buscar a Rafaela e os dois morreram afogados.
No último domingo (25), um ribeirinho acionou os bombeiros após encontrar o corpo de Josemar Ribamar no Rio Purus a 14 km de distância do naufrágio. Uma equipe foi até o local e resgatou o cadáver.
Quando retornavam para zona urbana, os bombeiros acharam o corpo da criança no Rio Iaco, seis quilômetros de distância do local do acidente. “O acidente ocorreu no [rio] Caeté, que deságua no Rio Iaco. O Rio Iaco deságua no Rio Purus”, resumiu o comandante do Corpo de Bombeiros de Sena Madureira, tenente Gustavo Marinho.
Enchente do Rio Iaco
O Rio Iaco ultrapassou a cota de transbordo, que é 15,20 metros, em Sena Madureira nessa terça-feira (27). O manancial chegou a 15,25 metros nesta quarta e já desabrigaa 170 pessoas na cidade.
Há ainda cinco pessoas na casa de parentes e amigos. A prefeitura montou dois abrigos no município: um no Ginásio Hermilton Gadelha e outro na Quadra de Esportes Dom Julho.
Ainda conforme o Corpo de Bombeiros, as águas do rio já chegaram nos bairros Bolevard Cafezal, Siqueira Campos e Vila Militar.
O Acre enfrenta uma cheia histórica em 2024. Em todo o estado, 14.476 pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização nesta quarta-feira (28). Além disto, 17 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência por conta do transbordo de rios e igarapés. Ao menos 23 comunidades indígenas no interior do Acre também sofrem com os efeitos das enchentes.
O decreto abrange as cidades de Assis Brasil, Brasileia, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Tarauacá, Xapuri e a capital, Rio Branco. A medida tem duração de 180 dias.