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Polícia

Chacina em Rio Branco que vitimou seis pessoas tem ligação com guerra de facções, alega Segurança

Chacina em Rio Branco que vitimou seis pessoas tem ligação com guerra de facções, alega Segurança

Algumas das vítimas que foram mortas tinha parentesco com presos decapitados durante rebelião em Rio Branco em julho deste ano

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) falou, nesta segunda-feira (6), que a chacina que terminou em seis mortes na noite de sexta-feira (3) foi motivada pela guerra de facções, que disputam território na capital. O coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Alcino Junior, também confirmou que uma das vítimas era parente de um dos presos mortos na rebelião que aconteceu no presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro em julho deste ano.

Seis pessoas foram mortas na noite desta sexta-feira (3) em Rio Branco. A chacina ocorreu em uma casa na Rua Morada do Sol, bairro Taquari.

“Uma pessoa do Taquari era filha de uma liderança. Essa pessoa estava com outros membros, o que acabou gerando um ataque pela facção rival e, dentro desse contexto, eles também, armados, que já estavam dentro da casa, acabaram efetuando um contra-ataque. Então, em um ambiente com seis mortos, quatro a gente entende que seria dessa facção que foi cometer a execução e dois da facção local, que atua no bairro”, explica o delegado.

As vítimas da chacina são:

  • Valdei das Graças Batista dos Santos, de 31 anos;
  • Adegilson Ferreira da Silva, de 38 anos;
  • Luan dos Santos de Oliveira, de 18 anos;
  • Damião Silva de Souza, de 24 anos;
  • Tailan Dias da Silva, de 17 anos;
  • Weverton Araujo da Silva, sem idade revelada.

Agora, segundo o coordenador da DHPP, a polícia deve rastrear os veículos usados na ação.

“Agora é tentar recuperar essas armas que foram recolhidas logo após o crime ali por outros bandidos. E tentar evitar novos enfrentamentos, que causam essa sensação de insegurança. Dos que a gente tem já o óbito confirmado e identificação confirmada, todos com passagem do sistema prisional, integrante de organização criminosa, que realmente é o que acontece dentro desse contexto de enfrentamento entre essas organizações”, disse.

Sem apontar qual vítima, o delegado também confrmou que um dos mortos tinha parentesco com um preso que foi morto dentro do presídio.

“A linha de investigação é muito clara, é o enfrentamento entre facções criminosas. Há uma grande disputa entre essas duas facções, uma do bairro Taquari e outra de outra região da cidade, para a tomada de bocas de fumo e áreas de influência. A linha é essa, é sempre dentro dessa área de execução mesmo, e agora é identificar os autores”, destaca.

Cerca de três autores ainda precisam ser identificados. Seriam os que ajudaram com a logística e fuga no do crime, segundo o delegado.

O diretor operacional da Sejusp, delegado Marcos Frank, disse que está claro que o crime se trata de disputa de territórios entre as facções.

“Realmente se trata entre essa briga por território causada pela guerra entre as facções. Destaco que ‘Acre pela Vida’, que tem um papel primordial na segurança pública, com a realização de programas que tem que atender o público mais jovem. Estamos realizando operações integradas, orientadas pela coleta desses dados, e tentamos reduzir os índices de mortes e a atuação das organizações criminosas. Infelizmente, as facções vêm atuando aqui no Acre, e agora tivemos essas mortes em um confronto”, disse.