Conversas foram expostas em uma página de uma rede social e teriam ocorrido em novembro. Direção do colégio diz que não não foi formalizada nenhuma denúncia na corporação e nem na polícia
Um bombeiro que atua como monitor do Colégio Militar Dom Pedro II, em Rio Branco, foi afastado das funções após uma página na web expor prints de um suposto caso de assédio sexual contra uma aluna. A direção do colégio informou que ainda não há, até o momento, denúncias formais sobre o caso.
Por isso, pais e responsáveis dos alunos foram orientados a procurar a direção para denunciar qualquer situação de assédio. Enquanto isso, o militar está à disposição do Comando Operacional da Capital (COC), que deve apurar o caso.
A página que expôs o caso apagou as postagens, mas deixou um vídeo com uma conversa entre o bombeiro e uma pessoa do sexo feminino, que seria uma estudante, nos destaques. No início da conversa, datada no dia 2 de novembro, o bombeiro diz que a vítima estava linda no dia e elogia o corpo dela.
A pessoa responde: “Vou tomar banho rapidinho aqui”. O bombeiro pede para ir junto. A vítima responde com uma risada, e o militar insiste.
“Se desse me levaria?”, pergunta. Logo abaixo o monitor diz que é curioso e chamada a vítima de malvada.
A conversa segue e o militar diz que a suposta menina o deixa na vontade, e ela questiona o motivo. “Esse teu jeito de menina malvada, de quem sabe fazer gostoso e fica me provocando”.
A reportagem entrou em contato com o bombeiro por mensagem de texto e ligações telefônicas, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Afastamento
Ao g1, o diretor do colégio, tenente Jonatas da Costa Gomes, disse que foi aberto um processo investigatório para apurar a conduta do militar. O diretor diz que o próprio colégio decidiu orientar os pais a denunciar os casos.
“Esses prints são uma denúncia anônima, mas não houve nada formalizado com boletim de ocorrência, nem manifestação do Ministério Público e nem na Corregedoria do Corpo de Bombeiros. O militar está afastado do colégio e à disposição do COC”, reforçou.
Gomes falou que, sem uma denúncia formalizada, a corporação não pode tomar uma medida mais severa sobre o caso. Ele destacou que o colégio é contra qualquer tipo de assédio e, caso for comprovado o crime, as medidas administrativas e criminais serão tomadas.
“Abrimos o processo investigatório para ver se a gente consegue identificar alguma materialização desses prints que foram colocados de forma anônima”, concluiu.