Suspeito da morte de Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, foi preso nesta sexta-feira (27) no Ramal do Macarrão, em Rio Branco. Investigações apontaram que vítima foi flagrada por criminosos pichando a sigla de uma facção rival
Após sete meses, a Polícia Civil prendeu o principal suspeito de assassinar Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, sobrinho-neto da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. O rapaz foi morto em fevereiro deste ano com três tiros na Rua Baguari, bairro Taquari, em Rio Branco.
A prisão ocorreu nesta sexta-feira (27) no Ramal do Macarrão, em Rio Branco. Durante a ação, os policiais encontraram uma escopeta na casa do suspeito. A prisão foi autorizada pela 3ª Vara Criminal de Rio Branco e cumprida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Veja detalhes da investigação abaixo.
O suspeito não teve o nome divulgado e o g1 não conseguiu contato com a defesa dele.
Cauã estava no quarto quando a casa foi invadida por dois homens, que foram até o cômodo e atiraram. A vítima morava com a tia, um primo e outros parentes no local. As informações foram confirmadas ao g1, na época do crime, por um morador da região, que pediu para não ter o nome divulgado.
No ‘X’, antigo Twitter, a ministra fez um post lamentando o ocorrido. “Com imenso pesar e dor , recebo a notícia de que meu sobrinho-neto Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, foi assassinado em Rio Branco no Acre. Cauã foi vítima da criminalidade que destrói vidas principalmente de jovens de bairros da periferia do nosso país. Que Deus sustente e console nossa família”, disse.
Investigação
O delegado responsável pelas investigações, Cristiano Bastos, explicou ao g1 que Cauã não era membro de facção e nem tinha passagem pela polícia, contudo, antes do crime, ele foi visto andando com membros de um grupo criminoso que tinham se mudado para o bairro Taquari dias antes do ocorrido.
“Há uma disputa no bairro Taquari pelas organizações criminosas. Em fevereiro, uma das facções, praticamente, tomou a região. Ele não era de facção até então, mas quando a facção tomou, passou a andar com o pessoal e fizeram imagens pichando o bairro com a facção que tinha entrado. Alguns resistentes da outra facção que ainda estavam lá mandaram matar ele porque era do bairro e entrou em outra facção”, contou o delegado.
Ainda segundo o delegado, o suspeito preso nesta sexta recebeu a ordem de matar a vítima. Com ajuda de um comparsa, o criminoso foi até a casa onde Cauã estava e o executou.
“O que motivou mesmo foi o Cauã ter pichado lá e as imagens terem circulado entre a facção rival. O André foi o executor, a arma usada no crime foi apreendida antes”, complementou.
Bastos acrescentou que o criminoso chegou a ser preso após a morte de Cauã por posse ilegal de arma de fogo. Após alguns meses, o suspeito foi colocado em liberdade com o uso de tornozeleira eletrônica, mas quebrou o equipamento e estava foragido. “Temos informações do outro suspeito, temos que provar, suspeita temos. É da região ali também [do Taquari].