Ana Maria Rodrigues da Silva, de 41 anos, e a filha dela, Ana Beatriz Rodrigues de Souza, de 11, estão em Cuiabá, no Mato Grosso. Mulher afirmou que está bem e não fugiu do Acre
Após mais de um mês de buscas, a Polícia Civil localizou na cidade de Cuiabá, no Mato Grosso, Ana Maria Rodrigues da Silva, de 41 anos, e a filha dela, Ana Beatriz Rodrigues de Souza, de 11. Mãe e filha sumiram de Rio Branco, capital do Acre, no dia 5 de abril.
Um investigador da Polícia Civil acreana falou com Ana Maria na quarta (17) e, nessa quinta-feira (18), por videochamada. Ao servidor, a mulher afirmou que não saiu fugida da capital acreana e que está bem com a filha em Mato Grosso, na casa de um namorado.
O delegado Samuel Mendes, responsável pelas investigações, explicou que, na conversa, Ana Maria acusou os familiares de abandono.
“Foram feitas diligências em Porto Velho porque houve contato de um conhecido dela lá em um suposto enderenço. Por último, conseguimos contato via telefone com ela, disse que está bem, que realmente saiu de Rio Branco levando a filha consigo porque já morava sozinha, até levou um suposto abandono da família e resolveu levar a vida em outro canto”, explicou.
Em ambos os contatos, o delegado destaca que Ana Maria prestou todas as informações e falou que estava bem. A polícia do Acre tenta ajuda da polícia do Mato Grosso para chegar até o local onde a mulher e a criança estão vivendo.
“Vamos ver qual o local que ela se encontra, de fato, para constatar todas as informações que ela repassou para a gente. Deu esse retorno positivo, temos informações de que ela está bem e saiu por conta própria”, frisou.
Família nega abandono
No dia do sumiço, Ana Maria teria dito a uma vizinha que iria encontrar um suposto namorado que conheceu pela internet, que mora no Mato Grosso (MT). Segundo os parentes, Ana Maria tem deficiência mental e a criança faz tratamento contra epilepsia.
Mãe e filha moravam na capital acreana. No mesmo quintal, vive também uma ex-cunhada de Ana Maria, que teria visto ela vender os objetos da casa antes de sumir para conseguir juntar dinheiro para a viagem.
A irmã dela, Yasmin Odete, nega que a família tenha abandonado ela e a sobrinha. Ela falou que ficou surpresa ao saber que a irmã falou que os parentes a abandonaram.
“Disse que tava bem, que foi embora por causa da gente, que abandonamos ela. Mas, é mentira, nunca deixamos de ir lá. Ela foi embora de um jeito estranho. Não somos o motivo dela ter ido embora, isso é mentira. Não abandonamos ela”, lamentou.