Com a decisão, Alício Lopes de Souza fica proibido de participar de atividades acadêmicas e de frequentar o campus universitário. Estudantes do curso de bacharelado em História relatam que Souza pratica diversos abusos há quatro anos e pedem o jubilamento dele
O estudante do curso de bacharelado em história da Universidade Federal do Acre (Ufac) Alício Lopes de Souza, acusado por colegas de curso de praticar diversos abusos, foi suspenso até que seja encerrada a apuração disciplinar imposta contra ele pela instituição.
A decisão é do Conselho Universitário e foi definida em reunião extraordinária feita na última sexta-feira (15), com 59 votos a favor do afastamento. Após a decisão, Souza fica proibido de participar de atividades acadêmicas e de frequentar o campus universitário.
O g1 não conseguiu contato com Souza. A Ufac também não se pronunciou sobre o caso.
O Centro Acadêmico Pedro Martinello denunciou casos de abuso, importunação sexual e ameaças que teriam sido cometidos por Souza. De acordo com uma nota oficial, o centro relata que o problema acontece desde o ano passado, mas há relatos de casos ao longo dos últimos quatro anos. O Centro também acusa a reitoria de omissão.
Em denúncias encaminhadas à reitoria, o centro afirma que o estudante cometeu assédio contra mulheres do curso, além de homofobia, intolerância religiosa, agressões verbais, e uso de bebida alcoólica e drogas ilícitas no bloco e durante as aulas. Um abaixo-assinado foi feito para pedir providências e foi encaminhado à administração da Ufac diversas vezes.
Desde então, o centro, apoiado por outras entidades acadêmicas, tem feito protestos na universidade para repudiar o caso e cobrar providências.
A Ufac confirmou o recebimento de um comunicado que relata eventos envolvendo Souza, ocorridos em 26 de julho no campus-sede, em Rio Branco, e cita que resultaram em intervenção da Polícia Militar.
“A Reitoria reitera que adotou as medidas regimentais cabíveis contra a suposta conduta incompatível com a convivência acadêmica e que o processo está em andamento até que se tenha a emissão do parecer da comissão de inquérito disciplinar, responsável por apurar os fatos”, afirma a Ufac.