Dos nove réus no processo, seis estão presos no Acre, um foragido e dois presos em São Paulo. Audiência virtual começou às 9h desta segunda-feira (10) na 1ª Vara do Tribunal do Juri
Os acusados de participação na morte da jovem Kesia Nascimento da Silva, de 20 anos passaram pela primeira audiência de instrução e julgamento, nesta segunda-feira (10), por videoconferência na 1ª Vara do Tribunal do Juri.
Kesia sumiu no dia 28 de janeiro do ano passado após deixar o filho pequeno em uma lanchonete da família, na Estrada da Floresta, em Rio Branco.
Ela tinha esquizofrenia, fazia tratamento contra a doença e tomava remédios. Apesar de o corpo da jovem não ter sido encontrado, a polícia concluiu que ela foi morta.
Em novembro do ano passado, a Justiça do Acre aceitou denúncia contra nove pessoas acusadas de participação na morte da jovem. Dos nove réus no processo, seis estão presos no Acre, um foragido e dois presos em São Paulo.
A informação de que primeira audiência do grupo ocorre nesta segunda foi confirmada pela 1ª Vara do Tribunal do Juri. O processo tramita em segredo de Justiça e, por isso, a promotoria que atua no caso não pode comentar sobre o teor da denúncia.
Nesta primeira audiência virtual, que começou por volta das 9h, devem ser ouvidas sete testemunhas de acusação e duas de defesa, além dos seis réus que estão presos no Acre.
Entre os réus estão Thalysson Jesus da Silva, João Vitor da Cunha Pereira, Moisés Inácio da Silva, Camila Cristine de Souza Freitas, José Natanael Aquino Duarte, Ana Lúcia Barros de Oliveira, todos presos no Acre. Além de Amanda de Lima Moura, que está foragida, e Rita Rocha Nascimento e Veralucia Marques, que estão presas em São Paulo.
Crime assistido por videoconferência
As investigações da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram que a ordem para matar a jovem partiu de duas mulheres que estavam em São Paulo. As suspeitas foram presas no último dia 15 de outubro, durante a terceira fase da Operação Sinapse, da Polícia Civil. Elas teriam assistido a execução de Kesia por videoconferência.
A polícia concluiu ainda que a jovem foi morta, esquartejada e depois teve o corpo jogado no Rio Acre. A motivação do crime seria porque a jovem teria mudado de facção criminosa e então foi vítima de uma retaliação.
Além dos nove acusados que viraram réus no processo, dois adolescentes também foram apontados pela polícia como participantes do crime.